quinta-feira, outubro 28, 2004

Sempre no bom sentido, é claro

Leia meus lábios, presta atenção:

A-GO-RA-DA-NOU-SE. FO-DEU.

Eu não acredito mais no sol, mas hoje voltou a ser primavera.

terça-feira, outubro 19, 2004

"...E já não sei qual é a minha terra. Tenho a impressão de que, se fosse embora, logo ficaria com uma bruta vontade de regressar. É o mistério desse lugar, te repele e te atrai ao mesmo tempo. Que será, medo da rejeição?"

(Mino Carta, O Castelo de Âmbar)

quarta-feira, outubro 13, 2004

Tinha que ser óbvio. Tinha que estar escrito na sua testa, bem em cima dos seus olhos, que não seria possível. Talvez nem assim eu iria ver, malditos olhos.

Eu tinha que saber logo que eu te vi pela primeira vez, pra eu olhar e me desinteressar. Só ouvir a tua voz e não entender que o que saía dela era uma das coisas mais lindas do mundo inteiro.

Mas já era óbvio. Eu que não vi. Tudo que eu queria pra mim você dá pra outra pessoa.

Otária demais, carente demais, burra demais.

Dói ser assim.

terça-feira, outubro 12, 2004

O passado me redime

Agora meus cabelos são curtos e - sim! - de cor natural e meu encanto por olhos azuis continua. Voltei a minha estava zero aqui no trabalho, saí da redação e voltei a fazer muito pouco. Penso na minha situação financeira e sinto um nó na garganta.

Penso nele desde ontem mas eu me casaria com o Veríssimo. Faria todas as vontades dele, até ficaria quieta.

No dia da eleição encontrei um amigo meu dos tempos de colegial, o Guilherme, esses que a vida afasta, sabe? Fiquei feliz por encontrá-lo, comecei a lembrar daqueles dois últimos anos em Pinda, os melhores de todos. O clímax. A língua solta e o namorado de língua presa, Guilherme e Diego cantando Chico na porta de casa, a crise que eu passei e sobrevivi. O cantinho da sala em que meus amigos se concentravam. As colas que eu recebia de matemática e as que eu passava de história.

Três dias depois eu estava na Teodoro Sampaio e - susto! - encontrei o Ivan, meu amigão dos tempos de telemarketing. Figura, ele. Um dos poucos que entendia as piadas da vida sem que elas precisassem ser contadas. Trabalhar perto dele era voltar pra casa com a barriga doendo de tanto rir. Conversamos, trocamos e-mail e orkut. Comecei, depois disso, a lembrar de tanta coisa boa que me aconteceu logo que eu cheguei em São Paulo. Situações hilárias, grandes pessoas, porres homéricos no meio da tarde, mais de 30 horas sem dormir. E por causa de uma merda de pé na bunda eu acabei bloqueando 1999, o ano dos meus primeiros passos pra chegar até aqui, no meu lugar. E quando eu comecei a lembrar daquele ano e de tantas coisas boas que já me aconteceram e eu tinha medo de lembrar porque eu acabava lembrando de alguma coisa que eu não gosto de lembrar, eu vi como minha vida foi e é divertida.

Estou feliz com as coisas.