quarta-feira, agosto 31, 2005

Tirando o dia primeiro

Mesinho bacana esse, agosto.

terça-feira, agosto 30, 2005

Essa é a real





segunda-feira, agosto 29, 2005

Para transferir, ramal + flash 3

Acordei hoje e voltei a dormir. Disse que o carro tinha quebrado e cheguei aqui às 10 e meia da manhã. A cara de fracassada não era teatrinho.

Mas acordei com um único pensamento na cabeça: Vou pedir demissão.

Dane-se minhas contas, o aluguel, gasolina, foda-se.

Quando eu cheguei pra trabalhar, a vontade era a mesma, mas o bom-senso já tinha voltado e aquele papo de “vai aparecer outra coisa rápido” já tinha voltado.

A festa não foi tudo que eu esperava, mas coisas com a Tatiana, entenda-se minha melhor amiga há oito anos, sempre são boas. Mesmo que no fim da noite meu pé arda, ela não tenha mais voz e o mundo caia sobre nossa cabeça em forma de chuva, o que você nem nota, está bêbada demais pra isso.

Não contente com a baixaria alcoólica da sexta, no domingo vamos pro de sempre, nosso querido Tatuapé, do outro lado da cidade. A Vila Madalena da Zona Leste.

Anotação mental: não misturar cerveja com cachaça Salinas. Aliás, com nenhuma.

Sublinhando: NEVER MORE.

O resultado desse momento desprovido de pensamento me fez parar na VILA FORMOSA, desesperada para achar logo a Radial Leste e voltar pra casa. Era quase uma da manhã e eu dando voltas pelo desconhecido.

Mas foi um bom final de semana, e essa noite eu não dormi tranqüila.

O livro de Clarice que eu disse que ia matar nesses dias está ali no meu criado-mudo, intacto. Quem sabe um dia.

Quem sabe.

sexta-feira, agosto 26, 2005

Confissão ou Gotas de otimismo diluídas em água fresca

É que eu vivo reclamando da vida, digo que meu emprego é um lixo, que eu quero ir embora do Brasil e meu carro dá mais gasto que uma criança.

Mas a real é que a minha vida é a coisa mais divertida do mundo inteiro.

Meus amigos insanos que me ligam de longe e me fazem gargalhar enquanto eu corto as unhas dos pés (valeu, Alê), meu messenger com os contatos que, pra mim, são os mais perfeitos do planeta.

A previsão de que A FESTA será sensacional hoje à noite.

E o fato de que existem dias que eu simplesmente só consigo me lembrar da parte boa das pessoas.

E que eu ainda consigo andar na rua cantando. Alto.

Peguei duas matérias frilas pra fazer e um novo horizonte se abre pra mim: não vou falir, pelo menos em setembro.

Está chegando a primavera e essa notícia já basta pra mim.

quinta-feira, agosto 25, 2005

Gasparzinho

Eu sei que você ainda aparece por aqui.

segunda-feira, agosto 22, 2005

Sobre follow-ups

Definitivamente eu não nasci pra ser assessora de imprensa.

Ainda não sei pra que eu nasci, mas pra isso que não é.

Eu preciso fugir. Eu preciso de um milagre.

sexta-feira, agosto 19, 2005

É mais ou menos assim







Mas acreditem: eu ainda me divirto

Mas o fato é que as coisas sempre mudam, as pessoas mudam toda hora.

E nem sempre isso é uma coisa boa.

Na verdade, as situações mudam, as reações mudam, assim.

E não adianta esperar nada das pessoas: nunca vai ser exatamente o que tu espera, às vezes é coisa melhor, às vezes é pior.

Ok, ando frustrada, desanimada, cansada.

Com saudade de muita coisa, de muita gente, de muitos lugares e de muitos rostos que eu já deveria ter me esquecido faz tempo.

Um dia as coisas já foram mais fáceis.

Mas aquela otimista que habita em mim insiste em gritar, mesmo que eu quase não escute ou tente fingir que não, que as coisas vão melhorar, vão dar certo, que é fase.

Que essa nuvenzinha preta vai sumir de cima da minha cabeça.

Antes mesmo que caia um raio.

quinta-feira, agosto 18, 2005

Sou de lugar nenhum

Depois de quase três anos de formada, fui tirar o MTB hoje. Não muda em nada, a fila da sala 203 era inexistente e demoram 15 dias úteis pra fazer uma carteirinha com um número de cinco dígitos.

Mas sempre é massa ir pro centro.

Agora eu estou na casa da mãe, vivendo meus últimos dias de ócio antes do pau de arara de segunda-feira: sim, arrumei emprego.

Em uma assessoria de imprensa.

Eu odeio assessoria de imprensa.

Segunda-feira eu vou me agarrar ao primeiro poste que eu encontrar e de lá ninguém me tira.

Talvez quando o MTB ficar pronto eu pense na possibilidade.

quarta-feira, agosto 17, 2005

Por favor, preciso de um RENEW pro CORAÇÃO

Você entende que as coisas na sua vida estão mudando simplesmente quando coisas que antes de deixavam feliz, te davam prazer, simplesmente deixam de fazer sentido.

Sem motivo, sem nada. É uma certeza tão simples que dói a vista.

E você se lembra da sua vida há cinco, dez anos atrás e percebe que SEMPRE ESTÃO FALANDO DE OUTRA PESSOA.

Você não reconhece mais e não sabe mais o que sente. Todas as alternativas pra sua vida são viáveis e ridículas.

E você ainda espera um milagre: um e-mail, um telefonema que você sabe que nunca vai chegar. Porque alguns amores terminam no escuro e esse, esse mesmo que agoniza dentro de você, já não vê a luz do dia há tempos: e o que toma agora é saudade de dias atrás, de momentos específicos em que havia simplesmente paz, é uma expectativa ímpar quanto ao que vai acontecer amanhã, semana que vem.

Mas a mesma inconformidade de seis meses atrás. Seis meses é tempo demais pro morto não ter sido enterrado.

- Aquele que você sabe que nunca vai voltar, mas sonhar com isso traz um pedacinho dele pra você.

Então você fica com esse liquidificador dentro da cabeça, sem saber pra onde ir, pra onde fugir.

Suas saudades são de tantas coisas diferentes que você já não sabe quantas vidas tem.

domingo, agosto 14, 2005

Das coisas que eu deveria ter dito

Talvez eu devesse ter te falado que quando você entrou pela porta da minha casa depois de cinco anos fazendo parte da minha vida eu já sabia o que iria acontecer e o fato de ter demorado míseros quinze minutos pra gente se grudar foi a prova disso.

(E você não sabe que antes disso minha pressão caiu dentro do banheiro, o que me fez correr desesperadamente até a geladeira atrás de um pedaço de queijo).

Eu poderia ter te dito também que eu já sabia, na hora em que você me beijou, o destino final de sete das dez noites que você esteve aqui. Em alguns casos eu evito, mas dessa vez eu não fiz o menor esforço.

Deveria ter dito também que você é uma das pessoas mais divertidas que eu conheci, e que vou sentir saudade do teu sotaque e de você cantando muito alto canções folclóricas dentro do carro e das tuas histórias inusitadas que me faziam chorar de rir.

E que você é tão inteligente que me fascina.

E que com você não foi somente "muito muito bom" como eu te disse, você foi o melhor.

Que você não pegou na minha mão mas poucos foram tão carinhosos comigo como você foi e eu estou convencida de que nossas respectivas famas de estúpidos foram neutralizadas pela nossa empatia irrestrita.

Em todos os sentidos.

Que eu me senti a pessoa mais feliz do mundo quando você decidiu ficar comigo naquela noite de sexta, depois daquela situação surreal que eu sei o quanto te abalou.

E que eu sofri demais vendo o meu time ganhar do seu vendo tudo da torcida adversária, mas valeu a pena e eu faria isso de novo.

(Mas sorte que o returno é bem longe daqui...)

E, principalmente, que é muito fácil gostar de você, mesmo que você não acredite.

Mas pelo menos eu disse que você é uma das melhores pessoas que eu já conheci, que eu vou sentir sua falta e que a minha casa está sempre aqui pra você.

Disse que queria você sempre por perto, embora nós dois saibamos o quanto isso é difícil.

Que eu não acho você feio, que eu não acho que você se mexe demais enquanto dorme e que não liguei pra tua gripe.

Te chamei de besta quando você disse que eu já deveria estar cansada de você e expliquei que as vezes meu silêncio é sinal de intimidade: não precisei tentar agradar você, não precisei inventar assunto, tudo aconteceu.

E te disse no último abraço "adorei, adorei, adorei" e sorri quando você me disse "obrigado por tudo".

Obrigada você, guri, por ter me trazido uma alegria que, você não sabe, mas eu não tinha há tempos.

E por ter me mostrado que as vezes é preciso alguém vir de longe pra que São Paulo, minha rotina, EU, faça algum sentido.

E hoje a tarde, quando você apareceu na internet, já na tua cidade, minha casa ficou grande demais pra uma pessoa só.

terça-feira, agosto 09, 2005

Padre Gil

Então o Padre Gil morreu hoje.

O Padre Gil era o símbolo máximo das lembranças da minha infância em Pindamonhangaba.

Extremamente vermelho, ele falava tão devagar (e com uma voz sempre característica) que as missas que deveriam levar 50 minutos, uma hora, demoravam uma hora e meia.

Era normal encontrar o Padre Gil andando pelo centro da cidade à tarde, de camisa branca e a mão nos bolsos, sorrindo pra todo mundo, sendo simpático com todo mundo.

E o Padre Gil morreu.

Vai ser enterrado na Matriz amanhã. Se eu pudesse eu iria.

Com certeza ele vai virar folclore, daqueles caras que as crianças que irão nascer nunca vão acreditar de fato que ele existiu e era daquele jeito.

A minha Pinda, de quando eu era criança e achava dali o lugar mais perfeito do mundo, ficou um pouquinho mais distante hoje.

domingo, agosto 07, 2005

Porque surrealidade pouca é bobagem

Então o fato é que eu fui demitida. De novo.

Segunda-feira cheguei no meu emprego delícia, com meus amigos delícia e descobri que a agência ia fechar. Faliu.

Um abraço, foi um prazer trabalhar com você.

Aí eu fiquei com raiva, depois saí pra beber com os amigos de lá, estou mandando curriculums a Deus e o mundo e tive uma semana passada ótima.

Pergunte-me como.

Depois do outro final de semana, perfect, saí pra beber com os demitidos na segunda, fui a um show na terça, encontrei os amigos da faculdade na quarta e sobre quinta eu vou ficar em silêncio.

Fiz uma entrevista semana passada que não deu em nada e amanhã tem outra. Vamos indo, eu não posso parar, tenho contas pra pagar mas as vezes eu queria não fazer nada.

Queria parar um pouco. Parar com tudo.

Relaxar de vez. Não ter nenhum problema pra resolver.

Mas enquanto isso não acontece, eu tenho todas essas minhas noites.

E eu já tenho coisas demais.