A primeira vez é sempre a última chance ou Retrospectiva 2003
*Deixei de ser ruiva em 2003.
*Em 2003 eu tive mais empregos do que muita gente teve a vida toda. Fui felizmente demitida no primeiro dia de trabalho do ano na Martins Fontes e depois dele foram 4. Nenhum deles me fez feliz de verdade. I can’t get no satisfaction and I try.
*Nesse ano coloquei muitas verdades absolutas em xeque. Acho que isso fez de mim uma pessoa melhor.
*Surtei, vendi meu carro e decidi ir pra Londres. Boa decisão, mas não consegui juntar dinheiro para tal. Foi o Fidel, veio o Lola. Londres é meu objetivo de vida, mas Florianópolis no próximo ano já me deixa deveras satisfeita.
*Deixei de amar o homem da minha vida, mas ele sempre vai ser o homem da minha vida. O cara que me ajudou tanto a moldar a minha personalidade, principalmente a parte boa dela, que já faz parte do meu DNA. Gotas de amor sobre as feridas, como um bálsamo.
*Apareceu Davi, Matheus, Igor e Isabela, os bebês mais fofos que eu já vi.
*Me afastei de muita gente de propósito, de outras por acaso do destino. Fiz as pazes com alguns amigos que eu achei que tivesse perdido pra sempre. Conheci outros maravilhosos.
*Fiz a festa de aniversário mais fodona de todos os tempos. Festa essa em que eu trouxe a Angela pra São Paulo e finalmente conheci o Alexandre, amigo que eu conheço desde 1997 e só tive a chance de conhece-lo em fevereiro. Também essa foi a última noite na companhia do Rodrigo, aquele.
*Esqueci um amor, encontrei outro. E me ferrei de novo.
*Chorei muito e tive muito sono esse ano.
*Em 2003 eu SE PEGUEI com muita gente. Foi divertido.
*Não descobri o que é felicidade, mas percebi que ela é bem parecida com uma escuna em Angra dos Reis rumo à Ilha Grande na segunda-feira de Carnaval. 42 graus, água perfeita, até chuva perfeita.
*Termino 2003 com a maior certeza de todas: você pode se ferrar com amores, com empregos, se decepcionar consigo mesma. Mas o que fica e o que realmente importa são os amigos, aqueles que te falam verdades que doem, sabem que uma noite de festa com tequila e caipirinha podem não curar, mas ajudam que é uma beleza, que ficam mudos ao telefone ouvindo você chorar, que te fazem se sentir bem só por estarem lá. Que tiram sarro da sua cara e não têm vergonha de dizer que te amam.
Nada como um dia após dia, uma noite, um mês. Os velhos olhos vermelhos voltaram de vez. Foi um ano bom.