domingo, julho 31, 2005

Não imagine que te quero mal, apenas não te quero mais

Ontem foi o nosso último beijo. Pelo menos por enquanto.

E no lugar daquela sangria desatada inevitável de toda vez que ele aparecia na minha frente, depois dessa noite descobri que a numeróloga (sim, eu já fui em uma) estava certa:

Ele sempre vai fazer parte da minha vida.

Sempre que eu menos esperar ele vai estar ali, pra beijar a cicatriz no meu pescoço que eu odeio, pra dizer que meu ex é um babaca por ter me deixado pelo motivo que foi e pra dizer que eu vou esquecê-lo de vez, além de me chamar de delicinha, mesmo que isso não nos leve a nada.

Pra discutir filosofia, destino, política e reencarnação.

Tentar entender por que é tão difícil encontrar alguém que se goste de verdade no meio de tanto beijo na boca.

Então ontem nos beijamos. Bom como sempre. No mesmo lugar onde aconteceu o primeiro.

15 de novembro de 2003.

E ontem também, por motivos nossos, só nossos, ganhei um amigo de verdade.

O amigo que guardou um segredo e que acredita que eu tenho que resolver um impasse na minha vida de doze anos atrás.

O amigo que me encontrou hoje na minha melhor balada em Pinda EVER, me jogou pra cima, fez festa e entendeu, depois de um olhar de um segundo que demorou meses de história, que é melhor cessar.

Cessar-fogo.

Parar não é a palavra, afinal ele entra e sai da minha vida sem pedir licença e trancar a porta seria pedir pra ele voltar na base do chute, um dia.

A vida é tão esquisita, e por isso não encantadora.

Por razões que, de novo, são só nossas, nunca poderíamos ser “nós dois”. Nunca fui apaixonada por ele, nem ele por mim. Tivemos momentos ótimos, noites que eu gosto de lembrar.

É uma história que nunca vai acabar no escuro.

Adormeceremos tudo, então.

Pelo menos até a página dois.

domingo, julho 24, 2005

Vanessa

Ontem aconteceu uma coisa ótima comigo. Sabe aquelas coisas absurdas mas que deixam super feliz?

E era o tipo de coisa que uma pessoa tinha que saber.

Minha melhor amiga na adolescência, acho que a pessoa que melhor ia entender o quando isso é bacana.

...

E quando ela, uma dia, simplesmente saiu da vida, parou de atender suas ligações e passou a fingir que você não existia porque o namorado mandou, você faz o que?

Imagina como seria, só.

Aquela menina linda e grandona e ia soltar o mais agudo dos berros O QUÊ?!?! e gargalhar daquele jeito que antes era irritante, mas agora me dá saudade.

Era pra vida inteira, antes. Agora nunca aconteceu.

quinta-feira, julho 14, 2005

quarta-feira, julho 13, 2005

E agora, onde eu compro meu terninho?


Dona da Daslu é detida e levada para sede da PF em SP


da Folha Online

A empresária Eliana Tranchesi, proprietária da Daslu, foi detida na manhã desta quarta-feira e encaminhada para a sede da Superintendência da Polícia Federal, na Lapa (zona oeste de São Paulo), de acordo com a assessoria de imprensa do órgão.

Tranchesi deixou sua casa, na rua Caixanas, no Morumbi (zona sul de São Paulo), em um carro da PF.

A nova loja da marca, inaugurada há pouco mais de um mês na Vila Olímpia (zona sul de São Paulo), passa, desde o início da manhã, por uma busca promovida por cerca de 250 pessoas entre agentes da Polícia Federal e representantes da Receita Federal e do Ministério Público Federal.

Por meio de sua assessoria de imprensa, a Daslu afirmou que "está colaborando com a operação, no sentido de fornecer todas as informações que forem solicitadas".

As suspeitas seriam de sonegação fiscal, contrabando e subfaturamento na importação de mercadorias. Todos os veículos que chegam ao setor de carga e descarga do estabelecimento estão sendo vistoriados.

A loja está funcionando normalmente, desde as 10h. Em seus quatro andares, que ocupam cerca de 17 mil metros quadrados, são vendidos de cosméticos até lanchas.

domingo, julho 10, 2005

Pro dia nascer feliz

Nunca a frase "você não entende nada de mulheres" fez tanto sentido para uma única pessoa como agora.

quinta-feira, julho 07, 2005

"Será que é assim que os bebês saem de dentro da gente?"

(Da minha amiga e roomate Débora, no momento em que fazíamos uma força suprema para abrir uma garrafa de vinho utilizando um saca-rolhas bisonho. Já sei qual frase vai ficar na minha cabeça quando um dia eu estiver indo para a maternidade).

About me

Nunca me deseje uma vida normal e tranqüila. Eu posso te odiar pelo resto dos meus dias.

quarta-feira, julho 06, 2005

E eu sem dinheiro pra colocar gasolina no carro

"Ar" de Brad Pitt e Angelina Jolie é vendido por R$ 690

da Folha Online

Uma jarra contendo o "ar" de Brad Pitt e Angelina Jolie foi vendida por US$ 293 (R$ 690) no site de leilões eBay. O objeto foi preenchido com ar na première do último filme do casal, "Sr. e Sra. Smith", em Westwood, Califórnia (EUA).

Os atores andavam perto da pessoa que portava a jarra quando ela a abriu e fechou rapidamente, capturando o ar que teria sido respirado pelo casal. Depois, a jarra foi selada.


E eu pedindo aos céus meus 300 reais de restituição de imposto de renda.

terça-feira, julho 05, 2005

A mais estranha história que alguém já escreveu

Eu me torturo.

Eu sei que aquelas fotos vão me deixar triste. Eu sei que eu não estou em nenhuma delas. Eu nunca estive em nenhuma delas

A cidade é a minha, sim, minha, minha paisagem, meu trânsito e minha neurose.

Você invadiu meu território e não foi por minha causa.

Nunca foi, mas deixa eu acreditar um pouquinho no contrário.

*Quem sou eu depois de você?*

Passou tanto tempo, meu amor, que passo dias sem nos achar no tempo.

Você ainda não sabe, somos amigos e desejamos a morte de muita gente, mas você ainda é o homem da minha vida.

E eu te amei tanto, e eu quis tanto você e um dia passou.

Um dia eu acordei, me olhei no espelho, gostei do que eu vi e fui embora, arranjar gente nova pra me despedaçar como você fez.

*But I still haven't found what I'm looking for*

Mas existem coisas que não se perdem.

Aquela noite, naquele lugar que hoje eu não saberia chegar sozinha. Aquele segundo em que tudo aconteceu para que chegassemos ali.

Um colado no outro.

Mas já faz tanto tempo — dois, três anos.

- Eu nem me lembro mais.

*Todo carnaval tem seu fim*

E agora me dá um sensação melancólica aqui dentro, escondida no escuro. Saudade do que eu fui, saudade do que você era pra mim.

Eu sou ridícula. Me finjo de moderninha mas eu sou mais, ou menos que isso.

Eu acredito no amor e em paixão fulminante e não adianta quantas vezes eu me foda que eu sempre vou estar ali, waiting, waiting.

*Desilusão, meu bem: quando acordou estava sem ninguém*

Eu sou diferente dela. Estamos no mesmo lugar mas talvez eu não seja tão bonita e não escreva tão bem. Talvez você ame tanto essa garota e você seja nada, um par de olhos azuis guiado por uma inteligência fenomenal.

Mas você pode não ser o amor, já pensou nisso, que alguém pode não te amar?

*Por isso, de vez em quando você vai lembrar de mim*

Não tenho ciúme porque eu não te amo mais. Desejo pra você toda a felicidade do mundo mas fico procurando debaixo do tapete, atrás do armário, a garota que foi apaixonada por você.

Ela se perdeu. Ela fugiu por debaixo das minhas pernas, me driblou e foi embora. Deixou os livros, as músicas e a mania de roer unhas incoporados em mim.

E me deixou morrendo de saudade.

*Metade de mim é a lembrança do que eu fui, e a outra metade eu não sei*

Certas coisas não mudam, meu amigo. Já passou tanta coisa e já não é mais você que eu luto pra esquecer.

Amores são tantos que a gente pode perder a conta. Mas se só existe um homem da nossa vida ele já apareceu na minha, mudou tudo pra melhor e foi embora.

E eu não sei para qual direção eu aponto pra me despedir.

segunda-feira, julho 04, 2005

Cheguei à conclusão de que eu não vou votar em 2006.

Não, não vou votar em branco nem anular. Não vou comparecer, não vou pegar fila, não vou apertar botões.

Estou descobrindo que muita coisa que eu sempre acreditei que não é verdade. Sempre tive uma bandeira, um ideal e achei que as coisas seriam diferentes agora, “que o povo chegou ao poder”.

Tudo besteira.

O poder corrompe.

Se não corrompeu o presidente, quem se importa? Ele está sozinho, então, e ninguém sozinho é capaz de fazer alguma coisa no Brasil

Não quero mais brincar disso, mas não vou brincar de ser anarquista. Não votar não é bagunça, é a prova mais concreta da minha revolta.

O poder corrompe e quem chegar até ele terá o mesmo destino.

É assim que as coisas funcionam.