domingo, maio 30, 2004

Dilema:

O que fazer quando se chega à conclusão de que um dos seus ex-casos é um sósia do Jack Osbourne?

quinta-feira, maio 27, 2004

Não,

ainda não foi dessa vez que eu virei REPÓRTER daquele que sim, está se tornando o meu melhor lugar pra trabalhar. O cara mais legal da redação vai sair, arranjou outra coisa melhor pra ele e a vaga dele estava livre. Mas a MANTENEDORA do site não quer que ninguém aprenda sobre mercados financeiros e cotações e essas especialidades do meu amigo. Querem alguém PRONTO. Zerinho e manjando do assunto.

Mas foi legal a CHEFE falar que cogitou a idéia de eu PULAR O BIOMBO e ir de vez pra redação, falou coisas legais sobre o jeito que eu escrevo, que eu sou boa em escrever sobre NÚMEROS, essas coisas. Mas ainda não vai ser dessa vez e eu vou continuar fazendo o que eu faço: pra quem não sabe, meu trabalho, por enquanto, é pegar TUDO que vai sair na edição impressa e passar pro formato web. TRAMPO. Mas dá uns horários de folga, onde eu posso me dar ao luxo de não fazer nada e não precisar fingir que eu estou ocupada. Tipo agora.

Então nessas horas de folga a chefe passa textos pra eu fazer e foi assim que ela chegou à conclusão de que SÃO LEGAIS as minhas palavras sobre economês. Agora, de brinde, vou fazer matérias FORA DOS LIMITES DO JAGUARÉ, pra ir treinando pra quando chegar o grande momento. Pra mim não é sacrifício nenhum: é PRAZER fazer essas coisas.

As coisas não saírem EXATAMENTE do jeito que a gente quer não é necessariamente uma coisa ruim.

Mas eu acho que se todo esse papo com a chefe tivesse rolado em uma temperatura de gente e não no FREEZER eu estaria mais feliz. Paciência.

Stranger

You in the dark, you in the pain, you on the run
Living a hell, living your ghost, living your end
Never seem to get in the place that I belong
Don´t wanna lose the time, lose the time to come

You in the sea on a decline, breaking the waves
Watching the lights go down,letting the cables sleep

Whatever you say it´s alright
Whatever you do it´s all good
Whatever you say it´s alright
Silence is not the way
We need to talk about it
If heaven is on the way
If heaven is on the way
I´m a stranger in this town

segunda-feira, maio 24, 2004

Fotolog é um lixo, já se sabe.

Então, criei um novo num lugar decente e limpinho. A maioria das fotos que estavam lá estavam no fotolog, apenas fiz uma transferência.

Em breve, coisas novas e comprometedoras.

sexta-feira, maio 21, 2004

"O que nos espera depois da fronteira?"

Já está registrado que eu não sei escrever resenhas decentes de filmes. Então o importante é dizer que o Walter Salles, que na minha opinião foi morno em "Central do Brasil", foi simplesmente perfeito em "Diários de Motocicleta". Com tomadas lindas, uma edição surpreendente, uma história encantadora e, claro duas atuações maravilhosas.

O Gael García Bernal, além de lindo e modelo de homem ideal, estava incrível como o Che Guevara jovem. Ele mostrou muito bem a transformação de estudante de medicina de saco cheio com a faculdade que queria apenas viajar em uma pessoa que, ao final da viagem, já sonhava com uma América livre e unida. O Rodrigo de La Serna transmitiu a mudança de uma porra-louca-vagabundo que queria comer todo mundo em uma pessoa tão idealista e incrível como o Che.

"Aconteceram muitos coisas que vão me fazer pensar por muito tempo. É tudo muito injusto, não?", foi o que disse o Ernesto quando se despediu de Granado, e só foram se encontrar novamente oito anos depois, em Cuba.

Além disso, a América do Sul é linda e fica mais linda ainda no filme. Linda e miserável e injusta.

Lagriminhas de emoção.

Espero que eles ganhem a Palma de Ouro. E espero que o Gael continue esse ator maravilhoso e lindo e fofo e gostoso e com aquela boca toda dele. Agora é esperar pelo filme do Álmodovar.

Então eu resolvi fazer uma faxina na casa. Peguei as coisas velhas, as pessoas velhas e comecei a botá-las pra fora de casa.

Com uma vassoura na mão e uma total falta de paciência, levantei a poeira, abri a janela pros morcegos fugirem, fui curta e grossa.

Ficaram chateadas? Magoadas? I don't care.

A casa ainda está suja mas eu já comemoro o fim dos trabalhos. Tomo uma garrafinha de champagne, sozinha como sempre, mas agora eu não preciso mais de nada.

Preciso trocar a mobília da minha casa. Mas antes eu preciso achá-la.

terça-feira, maio 18, 2004

E de repente, coisas feitas com cronômetro na mão e gastos calculados milimetricamente passam a fazer algum sentido e não mais representar um fim-de-carreira de uma jornalista mediana com salário mediano e dívidas quilométricas.

Esperar deixou de ser um martírio.

Pode ser um sinal de amadurecimento, mas eu vejo apenas como um preço a ser pago. Meu pedágio para onde as coisas não serão fáceis, mas onde tudo me dará mais prazer.

Fico satisfeita por não estar procurando ninguém e nem me expondo para ser achada. Continuo gostando de dirigir à noite, escrevendo esporadicamente para o portal e vendo poucas modificações em textos sobre economia, assunto que eu sempre curti mas nunca dominei. Lendo muito, vendo seriados vários de madrugada na TV, desrespeitando a dieta pra gastrite, soltando gargalhadas na frente do computador.

O Brad Pitt em Lendas da Paixão dizia que havia uma fera dentro dele e tem uma em mim também. Sou feliz por saber que ela está hibernando, esperando aquele solzinho besta e tão animador pra acordar e me levar pra longe daqui.

segunda-feira, maio 17, 2004

É divertido quando as coisas dão certo todas juntas.

sábado, maio 15, 2004

Se o amor então se cansou, durma que a lua eu vigio
Se o céu te parece ruir em pedaços de vidro
Dançaremos em volta do fogo, subiremos com a maré
E amanheceremos de novo.

Se nosso olhar se perder por horizontes tão estranhos
E mundo insistir em girar como numa ciranda
Deixaremos as luzes acesas, e abriremos as portas da casa
Para termos então a certeza

Que toda noite será eterna como um sonho que insistimos em ter.

Então durma, durma, que o dia não demora a sangrar
Com o canto do primeiro galo
Então durma, durma, que o dia não demora a sangrar
Quando o primeiro galo cantar.

quinta-feira, maio 13, 2004

Ando animadinha ultimamente.

Apesar do frio, porque, pra quem não sabe, eu vou dizendo que EU ODEIO FRIO e MORRA quem disser que é porque eu não tenho um cobertor de orelhas (termo besta, esse), porque eu já tive um num inverno desses aí e reclamei do mesmo jeito.

Mas mesmo assim eu estou animada. Vejo no fim do túnel a oportunidade de virar de vez REDATORA do site do jornal que é o melhor do seu ramo no Brasil. Faço um texto por dia em momentos de folga, a chefe faz poucas alteração e vai pro ar.

E eu acho lindo.

E eu quase arranquei o dedo polegar direito hoje cortando BATATA, tive até que comprar merthiolate e band-aid mas acho que isso nem muita importância.

Estava conversando com o Alex hoje e ele me contou a história do bambu chinês. Ele disse que essa planta demora cinco anos pra ficar adulta. Mas quatro anos e meio ela passa debaixo da terra, e nos últimos seis meses ela cresce de forma assombrosa, tudo de uma vez.

Tudo de uma vez. É assim que eu quero. Tudo de uma vez, todos os riscos de uma vez, um monte de coisa pra abandonar de uma vez.

Estou hibernando pra quando a primavera chegar.

terça-feira, maio 11, 2004

Top 3 de frases bizarras ditas por seres do sexo masculino no momento de um fora

Minha amiga Tatiana e eu temos um histório bastante peculiar no que se refere à relacionamentos. É aquela coisa de sempre, mulheres que pelos menos tentam não se pegar com qualquer um, não vêem um relacionamento sério como a chave da felicidade eterna, essas coisas.

Só que somos afilhadas de Murphy.

Então, nesses anos todos de amizade, criamos o Top 3 de frases bizarras ditas pelos homens. Coisas imbecis eles falam sempre, mas essa listinha cita "foras" dados por eles para a gente, mas que viraram piada depois do choque e da incredulidade do momento.

1) Desculpa, mas você está confundindo as coisas.
Frase dita pra mim por um colega de trabalho que todos os dias me dava carona até o metrô, se despedia com um selinho, dizia pra todo mundo que eu era dele. Numa tarde de sexta-feira, após uma chuva absurda e mais uma das caronas dele, eu disse que queria um beijo de verdade. A resposta foi a descrita acima.

2) Desculpa, mas hoje não vai dar.
Frase dita à Tatiana por um cara que ela ficava todos os finais de semana. Motivo? A namorada estava por perto. Ela chegou chegando, querendo beijo e tal. A resposta foi essa.

3) Desculpa, mas olha, hoje não rola.
Pequena variante da frase nº 2, a frase foi também dita à Tatiana na última sexta-feira. O cara lindo e auto-intitulado "poeta" soltou a palavra após o silêncio que antecede o beijo ou o "eu vou ali pegar uma cerveja". Talvez a frase não seja digna de Top 3, mas o que se seguiu é: mesmo assim, o cara disse pra ela que a levaria até a casa de uma outra amiga que já tinha ido embora, onde o carro da Tatiana estava guardado. Ótimo, ela pensou, porque não tinha um centavo para pagar um táxi. Vinte minutos depois o cara desapareceu para todo o sempre.

O que é bom nisso tudo é que o tempo passa, com o tempo a gente nem lembra mais da cara deles, mas a diversão que eles nos proporcionaram ao dizer essas pérolas vai ficar pra sempre.

Pode ser até que um dia virem teses de mestrado.

segunda-feira, maio 10, 2004

Vou ali mas só mês que vem

Com aquele papo de quem sabe faz a hora não espera acontecer e blá blá blá, estou reservando desde já minha passagem para Curitiba para o feriado de Corpus Christi, já que estarei longe da senzala nessa data.

Vou passar alguns dias com a minha amiga querida e figura Aline, parceira no meu emprego-perfeito, testemunha dO Porre em Ilhabela no final de 2000, super meiga e engraçada.

E Curitiba é foda. Vou me congelar lá mas dane-se: Altas baladas-minha-cara, a Aline que topa qualquer festa, o fato de estar longe de São Paulo, essas coisas.

Ah, claro. Está decidido desde já porque eu sou uma pessoa insana que vive mudando de idéia e gastanto mais dinheiro do que deveria. Então eu reservei a passagem, fiz muitas e muitas contas e estou indo.

E quero PEGAR um monte de paranaenses, vamos ser honestos. Rodar a banca, fazer coisas, essas coisas. Enfim, quero mais um monte de homens errados no meu curriculum. Faço o que eu quiser com quem eu quiser e pego o avião de volta pra casa. Tem coisa mais divertida?

"Troco esse trem por uma canoa, vou cruzar o mar atrás de explicação, já que meu destino é tão incerto.. que ele seja incerto num lugar bom. Vou remar até olhar pro céu e enxergar sorriso teu, formado pelas nuvens que dão sombra pra sonhar: se é que ainda sei sonhar..

No mar não existem curvas nem sinais, suas leis são bem mais simples de entender, já que o temporal é inevitável."

domingo, maio 09, 2004

Meu braço está TODO ROXO e eu quase não lembro da picada.

DORMONID. É, aquele pré-sedativo fodão. A última coisa que eu lembro foi a enfermeira colocando um milhão de toalhas de papel TOALHAS DE PAPEL do meu lado porque já era previsto que eu ia BABAR durante o exame. Depois disso, acordei na minha cama, às 4 da tarde e completamente GROGUE. Durante esse período, discuti minha situação financeira com meu pai, jurei que a porta da sala que eu estava estava CAINDO e pedi a ele, meu pai, que comprasse IOGURTE de laranja, cenoura e mel.

Muitas drogas.

Assisti a primeira parte da trilogia do Senhor dos Aneís ontem. Achei um lixo. Vi a segunda hoje, achei razoável. A terceira não dá pra ver amanhã então vai demorar um pouco pra eu dar minha opinião se eles realmente mereceram as ESTATUETAS.

E ahn. Gente, colabora, vai. Quero A Divina Comédia. Na rodoviária de São Paulo existem TODOS OS CLÁSSICOS DA LITERATURA MUNDIAL EM PAPEL RECICLADO, deste Otelo até Dom Quixote, mas o Dante que é bom, nem.

O resultado da endoscopia sai em uma semana. Espero que o resultado afirme que eu posso comer chocolate de novo sem culpa. Porque a comer CACAU eu já voltei faz tempo. Maldito vício.

quinta-feira, maio 06, 2004

Sobre as coisas que acabam antes de começar

Ele entra aqui no messenger e diz que precisa conversar. Ele, o atual top da lista. Ele, um cara legal que me faz rir quando eu estou enlouquecendo no trabalho.

Ok, vamos conversar então. Sobre o quê? Sobre a vontade de ir embora que eu conheço tão bem? Sobre sua irmã que é uma chata e inferniza tua vida?

Não, não.

É sobre a garota que você está apaixonado. E você me conta que quer estar perto dela, que sente saudade dela e o caramba.

VAI SE FODER.

A Dani diz que eu tenho cara de terapeuta. Não. Eu tenho cara de otária. Cara de quem atrai joselitos vestidos de cordeiro. Cara de quem acha que um cara é legal e ele vem se ACONSELHAR SENTIMENTALMENTE com a palhaça aqui.

Quando acontece uma vez você ri, quando acontece duas você fica com raiva. Quando acontece tantas vezes assim você só consegue se sentir cansada.

Minha endoscopia será na sexta-feira de manhã. Eu poderia tomar a anestesia desde já.

terça-feira, maio 04, 2004

Ah sim, claro. Como se não bastasse agora não posso mais comer chocolate. E na sexta-feira vai entrar um TUBO com uma câmera até o meu estômago e fuçar o que tem lá dentro pra ver se um dia eu volto a comer chocolate de novo.

Sem refrigerante, sem fritura. E saindo do trabalho à uma da manhã; sim, porque eu sou boazinha e só me fodo.

Viadinha, viadinha.

Hoje ganhei uma garrafinha de champagne do jornal. Mil e duas edições e eu estou lá a menos de cem. Não vou beber o champagne, a médica falou que não. Ela disse que corta o efeito do remédio que foi caro por demais então eu não vou me atrever.

Daqui a sete horas alguém vem arrumar o encanamento do banheiro. Isso é desumano.

E o tédio é grande e avassalador demais.

sábado, maio 01, 2004

The nigth is over

Tenho pensado bastante em você nos últimos dias. Eu não deveria, eu não posso, principalmente porque eu sei que esquecer você foi a coisa mais difícil que eu já fiz na minha vida.

Fico dias sem pensar em você. Aí você aparece, cheio de sorrisos e contando aquelas coisas que eu gosto de ouvir. Você fala e eu tenho saudade. Mas é uma saudade estranha.

Não sinto falta de você, é até ridículo sentir, mas eu sinto saudade de como eu era. Saudade do que eu senti quando você apareceu. O tal amor à primeira vista que todos diziam e eu achava besteira. Fodam-se minhas idéias de ser livre e não amar ninguém e ser toda moderninha, eu escolhi me acorrentar à você e fui feliz assim.

Lembro do vazio que você deixou num dia de abril, do medo que eu tive numa das piores madrugadas com medo que você morresse. Lembro da minha recente raiva por descobrir o que era óbvio mas eu achei melhor e mais fácil não descobrir.

Mas eu tentei tanto e foi tão difícil, mas no fim, isso não tem mais importância.

Mas também lembro de tudo que eu aprendi com você e através de você. Eu me lembro de você inteiro, de você perto de mim, boca na boca, de fotos e mensagens sem-noção. Do meu desejo impossível de que o dia não amanhecesse, que a hora não passasse e de que aviões simplesmente deixassem de existir. Do medo que eu eu tinha e que não existe mais. De tudo que não existe mais.

Estranho saber que passou aquela paixão, a necessidade de te ver, não ter mais a certeza de que eu nunca mais vou conhecer alguém como você, que colocasse todos os meus hormônios em polvorosa, meu sangue em colapso, minha mente em crise.

Você me destruiu. Mas você me construiu de novo.

Você me ensinou a amar, a esperar, a não cobrar, a entender que o amor é muito mais do que duas pessoas juntas vivendo um pseudo-conto-de-fadas. Você me mostrou que é difícil, dói, sangra, às vezes não é justo, mas vale a pena. Sempre vale a pena.

Mas você não estava aqui pra ver tudo de bom que você fez comigo.

Depois que você foi embora eu aprendi a perdoar e a pedir perdão. E isso é a melhor coisa que alguém poderia fazer por mim. E tinha que ser você.