terça-feira, setembro 30, 2003

O que ninguém sabe é que eu estou loucamente apaixonada pela terceira vez só esse mês.

Ainda bem que setembro tá acabando.

sábado, setembro 27, 2003

Sei que você fez os seus castelos e sonhou ser salva do dragão
- Desilusão meu bem: Quando acordou estava sem ninguém.

Você sabe que seu emprego está atingindo a perfeição quando teu chefe, no final da tarde de uma sexta-feira chega com meia garrafa de TEQUILA, sal, manda a irmã dele comprar limão no supermercado e os funcionários presentes no local têm um ótimo início de fim-de-semana.

E o melhor ainda é minha amiga, que é a webdesigner, entrar no messenger dizendo que não tem a mínima idéia de como, mas o meu celular estava na bolsa dela.

Beudo é foda.

sexta-feira, setembro 26, 2003

Algumas pessoas pensam que eu sou irônica quando eu digo que eu estou bem. Satisfeita. Encontrando o caminho. Talvez por eu ter por tanto tempo raiva das coisas que me aconteciam, raiva do meu trabalho, raiva da minha situação emocional.

Tem tanta coisa pra acontecer ainda. Muita coisa pra entender. Eu sempre quero entender tudo, porque certas coisas acontecem comigo. Às vezes eu acho que as pessoas burras são as mais felizes: não questionam, não querem mudar, não vêem que as coisas não estão certas.

Enfim.

Eu sempre quis trabalhar com Internet, entender algumas coisas que acontecem nesse meio. Aprender a escrever especificamente pra esse meio, ver as coisas acontecerem na hora, na minha frente. Trabalhar em um lugar legal, ser valorizada e poder ouvir música o dia inteiro. Gargalhar.

Quase ninguém sabe, mas essa semana recebi uma proposta de um ex-chefe meu pra voltar a trabalhar com ele. Uma editora nova, trabalhar com autores, com burocracia, sem escrever, ganhando o dobro do que eu ganho aqui. Eu ganharia uma grana que carimbaria meu passaporte pra Londres ano que vem mas que me faria voltar ao mercado editorial. Entenda-se: eu adoro livros. Adoro ler e conhecer pessoas que escrevem e assim ter idéias e ser cada vez mais crítica e blá blá blá. Mas trabalhar em uma editora é outra história. Não dá, nãó é pra mim.

Mas eu não queria dizer não pelo fato de que esse cara foi meu chefe a três anos atrás e quando precisou de alguém pra trabalhar com ele lembrou de mim, que na época era uma estudante de segundo ano de faculdade que não sabia absolutamente nada de livros, a não ser como lê-los. Foi ótimo, mas não era o que eu queria agora.

Fiquei aliviada quando ele me ligou, chateado, dizendo que eu não fui aceita por causa da minha idade.

Se a minha vida está tomando o rumo certo, eu não sei. Só sei que eu estou tentando, e a minha forma de fazer isso é fazendo sempre o que me dá pra prazer. Se não é a maneira certa, pelo menos é a mais divertida.

quinta-feira, setembro 25, 2003

Após um dia animado de conversas via messenger, ICQ e e-mail sobre a existência ou não do Suriname, decidi de uma vez por todas colocar um fim nessa terrível polêmica. Seguem abaixo provas irrefutáveis de que o local de fato existe.

As fotos não mentem jamais.




Esse é o Suriname de dia.



Esse é o Suriname de noite.

Gostaria de informar aos (poucos) leitores desse blog que eu estou me mudando para o Suriname para abrir um ponto de venda de pastel, caldo de cana e cocaína lá na antiga Guiana Holandesa.

Vai eu e o W. Vamos descobrir, além de coitado, como se denomina alguém que nasceu no Suriname.

Motivo da mudança? Estou fugindo. Alguém teria a idéia de me procurar lá?

terça-feira, setembro 23, 2003

Sim, sim, sim: totalmente sem inspiração.

Coincidência ou não, as coisas sempre melhoram quando chega a primavera.

segunda-feira, setembro 22, 2003

Garotas boazinhas vão para o céu. As malvadas vão pra todo lugar.

domingo, setembro 21, 2003

Porque aí de repente acontecem algumas coisas que te deixam completamente sem saber o que fazer. Sem chão. Coisas que são mais fortes que você, independem de você, por mais que você não queira, por mais que você seja otimista e deseje até o último fio de cabelo que tudo dê certo, não depende de você.

É complicado.

quinta-feira, setembro 18, 2003

Às vezes me canso desta brincadeira toda, e quero voltar para minha casa, mas não tenho a menor idéia de onde ela seja. Tudo o que sei é que não sou daqui.

...

(E sem parar pra pensar sigo estradas, sigo pistas pra me achar)

Ainda bem, definitivamente AINDA BEM que saudade não mata.

Mas que frio besta, esse.

quarta-feira, setembro 17, 2003

Fabrinas do mundo: uni-vos. Porque os Joselitos já estão.

terça-feira, setembro 16, 2003

Está tudo bem agora. Eu já não me sinto tão cansada apesar de dormir menos. Os momentos bons têm sido milhões de vezes mais constantes que os ruins. Estou fazendo o que eu gosto de fazer. O meu corpo dói todo começo de semana por bons motivos. Minha barriga está sumindo e eu vou fazer um piercing. Estou aprendendo a tirar minhas próprias sombrancelhas e escuto Led no trabalho.

Mas ainda falta uma coisa. E você sabe que é você.

segunda-feira, setembro 15, 2003

- Oi, tudo bem, posso te conhecer?
(Isso é a coisa mais brega do mundo)

- Acho melhor não. Tá vendo aquele cara ali?
Apontando pro meu irmão, Samuel

- O grandão?

- É. É meu marido.

- Mas como seu marido se ele tá beijando outra?
(Referindo-se à Lívia, minha cunhada)

- É que nós somos árabes.

- ....

A balada no Mutley sábado foi ótima. E tem gente que pede pra ser zoado.


* * *


Primeiro dia em um emprego novo é sempre esquisito. Todo mundo já se conhece, já se chama pelo apelido e você, por mais extrovertida e com cara de maluca que seja, vai ficar ilhada.

Até que você começa a falar, falar e falar desembestadamente, já chega perguntando se pode ter ICQ e quando perguntam se você tem um site na web você diz que tem um blog roxo e de repente tudo vira festa.

E o povo só te chama de fresca porque você diz que não gosta de doce de leite.

sexta-feira, setembro 12, 2003

Ritmo de festa que balança o coração

Todo mundo dando milhares de VIVAS! pra mim, a nova redatora de uma empresa de conteúdo pra sites de Internet.

lml lml

quinta-feira, setembro 11, 2003

O bom de você já ter tomado um monte de porradas da vida (a maioria delas por tentar revidar), ter chegado no fundo do poço e ter descoberto que a única coisa que pode te tirar de lá ainda é a lembrança dos rostos das pessoas que você ama e ter um dia se sentido tão triste que você tenha chegado a achar que nunca mais iria conseguir rir, fazer piada, se apaixonar, fazer sexo, ficar bem sem nenhum motivo especial - ufa - é que, quando você olha pra trás e vê por tudo que já passou e está aqui, viva e pronta pra enfrentar os baques da vida porque seu coração não é feito de vidro, você tem a certeza de que, não importa o que aconteça daqui pra frente, o pior já passou.

E não se deve levar coisas e pessoas imbecis tão a sério, porque quando você está implorando por socorro, nada disso tem a menor importância. E quando você está feliz acontece a mesma coisa. Coisas fúteis só têm importância quando você está entre os dois extremos.

E que algumas coisas doem, algumas lembranças vão sempre machucar e vão voltar pra minha cabeça quando eu menos esperar, e que inevitavelmente haverão muitos dias em que a tristeza será grande. Mas a certeza de que é a briga entre a dor e o prazer que faz a minha vida ter algum vago sentido é que me faz levantar da cama todos os dias.

Se hoje eu sou uma pessoa feliz (ou que está chegando perto), é porque eu sei perfeitamente o que é infelicidade. E não adianta lutar contra, tentar um atalho: não existe outro caminho.

terça-feira, setembro 09, 2003

Momento Joyce Pascovich
(Festa da Angela na Lucky, Guarujá, no sábado, 6 de setembro)



Javi, eu, o Luís e a Angela. Espanhóis bêbados são engraçados.


O casal 20


Pra se ter uma idéia eu não lembro de ter tirado essa foto


Essa é a Peposa e foi a festa mais lml que eu já fui apesar do pagodão

segunda-feira, setembro 08, 2003

Tão divertido que o meu corpo inteiro ainda dói. Tão surreal que eu vi o sol nascer depois da festa, coisa que não acontecia a muito tempo. Foi uma das melhores e a menos convencional de todas, com a glória de ter sido tudo na faixa.

Foi a festa de aniversário da Angela, amiga querida que tem um blog junto comigo e o Alexandre e mora no Guarujá. A festa foi na Lucky Scope, balada onde toca samba, rock, tecno e as pessoas dançam espremidas como se estivessem em latas de sardinha.

Mas dessa vez o Javi, namorado espanhol da Angela, fechou um camarote pros convidados e deu pra cada um uma quantia considerável em consumação livre. Das 15 pessoas presentes no local, 13 estavam completamente bêbadas, com a destaque para a própria Angela, que tomou tequila pela primeira vez e eu achei que ela ia passar mal de verdade. O Javi é uma pessoa muito legal, é espanhol mas fala palavrões brasileiros com uma perfeição que dá inveja, dança pra caramba e ama minha amiguinha.

Fato: Não tem como não se divertir em um lugar onde exista um sofá de vinil vermelho. E havia alguém chamado Ricardo no meio da multidão.

E conheci pessoas muito legais, reencontrei outras, como a Sara (irmã da Angela), e no auge da noite dei conselhos sentimentais pra meia-duzia de pessoas e me entupi de bolo de mousse de chocolate com morango. Depois ainda me perguntam se eu sou uma pessoa feliz.

Foi comprovado, também, que o meu nível de alcóol no sangue pode ser perfeitamente medido atráves da quantidade de tempo que eu fiquei SAMBANDO durante a noite. Samba-enredo, Ricky Martin, nada foi perdoado. No final da festa rolou um princípio de briga porque a casa queria cobrar tudo de todo mundo, mas a situação foi resolvida enquanto o amigo da Angela contuava dançando em cima do sofá apesar de ser seis horas do manhã e meus pés não obedecerem mais meus mais simples comandos, como "ande".

Além disso, o inverno acabou e ontem eu fui na praia. Thanks Lord.

E assisti Lisbela e o prisioneiro também e meu moço querido me telefonou.

Foram dois dias muito bons. Valeu Peposa, você é mestra, umas das pessoas mais divertidas que eu conheço e teu decote estava um arraso.

E viva a pomadinha Cataflan em 70% da minha cútis.

sábado, setembro 06, 2003

Caso exista alguém que leia esse blog e que costume ter espasmos na sombrancelha, por favor entre em contato. Será interessante partilhar esse experiência com alguém.

sexta-feira, setembro 05, 2003

E o meu coração, embora finja fazer mil viagens, fica batendo, parado, naquela estação.

quarta-feira, setembro 03, 2003

Tum-tum. Tum-tum.

Ansiedade.

Tum-tum.

Está frio mas amanhã eu acho que não vou me importar.

Tum-tum.

Preciso parar de pensar.

Preciso dormir mas estou acordada faz pouco tempo.

Tum-tum.

Quando eu durmo eu não penso que o telefone poderia tocar agora.

Tum-tum.

Tum-tum.

Tum-tum.

terça-feira, setembro 02, 2003

Libere um LIVRO

Na manhã de 11 setembro 2003 não se esqueça de sair munido de um livro que seja importante para você. Um livro que tenha mudado sua maneira de ver o mundo.

Escreva uma dedicatória... e o libere! Libere-o na via pública, sobre um banco, no metrô, no ônibus, em um café... a mercê de um leitor desconhecido.

E você? Adotará um livro que esteja em seu caminho?

O dia 11 setembro não será mais um aniversário fúnebre pois iremos transformar essa data. Juntos, transformaremos esta data em um ato de criatividade e generosidade.

A mobilização será geral em Bruxelas, Paris, Florença e São Francisco. Vamos fazer isso também em nossas cidades aqui no Brasil.

Nessas cidades, um grupo de escritores, de toda confissão literária, liberará seus livros, em lugar público. Engaje-se nessa idéia também! E faça circular essa informação!


BOA. Eu vi essa informação aqui e aqui também. É uma boa, não?

O problema é que eu tive a CAPACIDADE de PERDER o livro mais importante pra mim. Serve o quinto, o décimo, o vigésimo terceiro....?

E deixar um livrinho querido por aí dói.

segunda-feira, setembro 01, 2003

(Coisas que podem ser lidas de trás-pra-frente, de frente-pra-trás, salteadas ou que também podem ser ignoradas)


Acabei de fazer uma panela de brigadeiro e a dor-de-cabeça finalmente passou. Dor, essa, que dá sempre no domingo que eu tenho que voltar a tomar pílula.

Ao invés do motivo óbvio que faz qualquer mulherzinha que dá tomar anticoncepcional, eu tomo desde sempre, já que os hormônios ingeridos nos frangos consumidos até a data da primeira menstrução fizeram meu ovário esquerdo surtar e se eu não tomar os remedinhos podem ser que não hajam bebês no futuro. Meus.

Então a dor-de-cabeça passou e eu voltei a pensar.

Estar desempregada de novo é uma droga isso. As pessoas dizem pra eu desencanar porque eu tenho sorte e arrumo emprego fácil, mas, nas últimas vezes, eu sempre penso "legal, estou ganhando dinheiro, mas não é isso que eu quero. Acreditem, empregos ideais existem sim, chefe perfeito existe. E tudo isso aconteceu quando eu trabalhava em um site para a comunidade executiva. Vai vendo.

Mas o que eu quero dizer é que eu acho, e já senti na pele, que trabalhar pode ser um puta prazer. Que você pode acordar de manhã e pensar "legal, vou trabalhar hoje". Você pode colocar teu chefe na lista de pessoas que você adora e cair em prantos quando o emprego acaba. Não só pelo dinheiro. Eu nunca tive essas nóias anti-capitalistas de "eu não vou trabalhar, foda-se o trabalho, etc e etc". Eu sempre quis um trabalho fodão porque eu descobri em 2000 que trabalho pode dar prazer sim. Mas o que se seguiu depois da Intermanagers foi uma sequencia de fins-de-carreira, como chefes que botam funcionários de castigo e outros que não te pagam e usam o desprezível jargão "super-do-bem".

Mas o que também é complicado é que eu me afastei de muitas pessoas. Gente que era importante na minha vida mas de repente me cansaram, sabe? Eu sei que isso é um defeito chato, mas as vezes eu gosto de ficar longe e depois, morrendo de saudade, voltar. Eu sei que isso magoa algumas pessoas, mas é meu jeito escroto de ser e eu não faço por mal, eu sou legal. Mas na minha cabeça, e acho que deveria ser na cabeça de todo mundo, pra ser amigo, companheirão mesmo, não precisa ficar ali, toda hora, martelando uma presença que é perfeitamente dispensável em alguns momentos. Eu amo meus amigos, os grandes sabem disso, eu morreria por eles, e eles também sabem que eles são pra sempre, mas pra sempre não é todo dia.

As vezes eu fico lendo o que eu escrevo aqui e acho que eu posso passar a idéia de que eu sou uma pós-adolescente frustrada e depressiva. TUDO MENTIRA. Arrá!

O inverno é a época em que eu mais fico com vontade de ter um namorado. Mas sempre, em qualquer época, eu sou chata demais pra arrumar um cara do sexo oposto que tenha as manhas de ficar comigo. Eu sou exigente demais, ou o cara é exatamente do jeito que eu sonhei ou então tchau. Por isso que eu amo quem eu amo: ele é exatamente do jeito que eu sonhei. Mas por diversas razões, não rola. Então eu fico aqui, que nem uma velha solteirona, botando defeito em tudo que eu vejo. E beijando na boca em baladas esporádicas da vida.

Não, não serei tão radical assim: tem uma pessoa ideal sim: ele é bonito, ele é inteligente, ele entende e faz piadas ótimas, ele gosta de mim, ele me escreve as coisas mais queridas do mundo e me telefona só pra dizer que sonhou comigo e eu sou uma das maiores razões que fazem ele querer voltar logo pra casa.

Sim, ele é japonês, um japonês que está no Japão.

Claro que sair numa balada, encontrar um cara interessante e beijar a figura por horas a fio é uma coisa extremamente divertida. Mas atenção ganha garotas por maiores espaços de tempo, acreditem.

Voltando ao assunto "job", o foda de não trabalhar é o PAVOR que me dá em pensar que assim eu posso não conseguir viajar ano que vem. Sair do Brasil em 2004 entrou na minha cabeça de uma forma que, se não acontecer, eu vou acabar nadando em um piscina de bolinhas durante seis meses, sem parar. E isso não é um metáfora.

Semana passada nasceu mais um Marcondes pra alegrar o mundo: o Igor, filho da minha prima Márcia, uma garota que é sinônimo de tranquilidade. Quando a gente era criança ela organizava os teatrinhos na casa da minha vó e a Barbie dela era a mais bonita de todas. Eu quero muito ter filhos, acho que eu vou/seria uma mãe bacana, mas as vezes eu penso se vai mesmo acontecer um dia. Ou se minha vida amorosa/sexual vai ser esse marasmo e essa falta de passar mal até eu chegar na menopausa.

São 4 e meia da manhã e meu pai está acordando pra ir trabalhar. Vai passar a semana em São José do Rio Preto. Incrível como não existem rapazes aquecedores nessas épocas da minha vida. Acabei de ver um programa na Multishow com entrevistas com vários atores e tal. Hoje era o Benício del Toro.

Então, fica o recado depois desse monólogo que me deu sono: se você é ou parece o Benício del Toro, você é exatamente o meu tipo de homem, e não precisa fazer muito esforço: vai rolar bem facinho.

É isso.