domingo, agosto 31, 2003

I can't get no satisfaction

"Uma vida em sete dias", com a Angelina Jolie, além de ter uma história muito boa, tem uma das melhores cenas que eu já vi no cinema.

Se um dia eu tiver a oportunidade de surtar em rede nacional, será mais ou menos daquele jeito.

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sexta-feira, agosto 29, 2003

Dinâmicas de grupo são a coisa mais bisonha que eu conheço. Um monte de gente (seis mulheres hoje, no caso) sendo simpáticas umas com as outras mas querendo fazer tropeçar o concorrente na primeira oportunidade que aparecer. Todo mundo sorrindo como se não fosse 8 e meia da manhã e não estivesse 9 grauzinhos acompanhada de uma chuvinha xarope lá fora. Todo mundo vestida de mulherzinha.

Eu, pelo menos, fico olhando pras pessoas e me pergunto "será que ela vai passar pra próxima fase?", "será que ela tem mais experiência do que eu e eu vou continuar desempregada?"

Ou seja, uma neura absurda.

Isso sem falar da dinâmica em si. Não dá saber o que aquelas brincadeiras desejam descobrir sobre você, se você é uma pessoa séria ou extrovertida, se é calma ou só sabe trabalhar sobre pressão, se sabe se virar sozinha ou só sabe trabalhar em grupo.

Enfim, a gente sempre faz o possível e espera aquele telefonema abençoado alguns dias depois. Pra mim já aconteceu. Vamos ver dessa vez.

E putz, se rolar dessa vez vai ser uma delícia.

quinta-feira, agosto 28, 2003

Eu tenho um muralzão de fotos aqui do lado do meu computador. Antes eram só fotos, mesmo, mas agora tem o presente que eu ganhei da minha amiga Renata, a frase que eu gosto de dizer sempre na hora de acordar, enfim. Mas as fotos continuam aqui.

As vezes eu passo dias olhando só pra uma, nem presto atenção nas outras. Hoje, fico olhando só pro dono do sorriso mais bonito que eu já vi na vida, foto tirada na minha última festa de aniversário. E eu sinto saudade dele, do dono do sorriso, porque ele fazia eu me sentir bem e as noites perto dele eram sempre as melhores.

Tem aquela outra, bem no meio do mural, que está sendo segurada por um imã de coração. A que eu me sinto mais bonita e eu não sei disfarçar e parece que está escrito na minha testa "oi, acabei de te conhecer mas eu amo você". E ele, lindo e com aqueles olhos e tal. Mas as vezes fico dias sem olhar pra ele, já deixei semanas virada de costas, branca. Mas aí eu desviro e ele está lá sorrindo com aquela cara de "sua boba, não adianta, você me adora".

Tem também a do meu amigo, o mais amado que simplesmente desaparece, aí volta e faz drama e diz que eu não amo mais ele e blá blá blá. O cara mais legal do mundo e uma das poucas que podem me arruinar.

Aí tem de vários amigos também, milhões dos meus irmãos, da mamãe e do babai. Dos amigos que moram longe, no sul, em Fortaleza ou no Guarujá. Pessoas que eu conheci nos meus milhões de empregos pela vida afora. Gente que pisou na bola e eu nem falo mais mas estão aqui.

Mas também falta muita gente, sabe? A leva de amigos novos que apareceram nos últimos tempos, meu moço querido, aquela que eu tirei em Ilhabela que eu nem revelei ainda mais eu sei que vai ficar massa. Essas fotos são legais, elas sorriem pra mim e algumas fazem cara feia quando eu faço alguma merda, o que não é uma coisa muito rara de acontecer.

Mas o mais engraçado de tudo é ver como meu cabelo mudou em 22 anos e 6 meses de vida na Terra. Praticamente uma Elke Maravilha.

quarta-feira, agosto 27, 2003

Veja bem meu bem: sinto te informar que arranjei alguém pra me confortar. Este alguém está quando você sai e eu só posso crer, pois sem ter você, nestes braços tais.

Veja bem amor, onde esta você? Somos no papel mas não no viver! Viajar sem mim, me deixar assim... Tive que arranjar alguém pra passar os dias ruins.

Enquanto isso, navegando eu vou sem paz. Sem ter um porto, quase morto, sem um cais. E eu nunca vou te esquecer, amor, mas a solidão deixa o coração neste leva-e-traz.

Veja bem além destes fatos vis. Saiba: traições são bem mais sutis! Se eu te troquei não foi por maldade... amor, veja bem, arranjei alguém chamado saudade.



(Do Camelo, isso.)

Por que eu sempre quero estar exatamente no lugar em que eu não estou?

Por que eu não consigo pegar meu talão de cheques?

Por que eu não consigo me sentir infeliz pelo emprego que não rolou?

Por que eu odeio tanto o inverno?

Por que eu não consigo me lembrar quem canta aquela música maravilhosa que eu sei que amanhã eu não não vou lembrar mais nem como se canta?

Por que as passagens aéreas são tão caras?

Por que eu estou tão chata hoje? E ontem? E estarei amanhã?

Por que hoje eu não tive coragem de fazer abdominais?

Por que eu comecei a rir numa cena da novela em que as crianças estavam chorando?

...

(Conversa entre a menina que acha que tá tomando chifre e a amiga japonesa que acabou de chegar no Brasil:

- Filho da mãe. Ele foi pra esbórnia.
- Nossa, é longe isso?

Quem diria que um dia eu ia achar legal ter visto um capítulo da Malhação?)

segunda-feira, agosto 25, 2003

Em resumo, eu cheguei hoje pra trabalhar e o meu suposto chefe disse que só vai precisar de mim dia 10 de setembro, isso depois de ter tido na terça-feira passada que só precisaria de mim hoje.

Mais em resumo ainda, pau no cu dele.

domingo, agosto 24, 2003

...Sobre essas coisas que dão e passam

Talvez a coisa que mais me irrite em mim mesma é de repente parar pra pensar e ver que as coisas não estão do jeito que eu gostaria que estivessem. Aí dá raiva, frustração, vontade de fugir nem que seja só um pouquinho. Carência não só afetiva, mas de sonhos e idéias novas pra perseguir. Eu sempre tenho que ter alguma coisa pra correr atrás, um emprego, um perdão, alguém.

Então às vezes não acontece e as tardes de domingo passam em silêncio.

sábado, agosto 23, 2003

- Carol, vamos pra Santos.
- Vamos. Quantos quartos têm na sua casa?
- Dois.
- Oba.

(???)

(Após as frases que levaram minutos para serem concluídas, uma das pessoas, que não sou eu, sai e vai dançar em cima do balcão da danceteria. Se não me engano foi na hora que tava tocando Eminem).

Por causa de diálogos e atos sem sentido como os descritos acima, esqueçam tudo o que eu falei sobre surrealismo.

sexta-feira, agosto 22, 2003

Surrealismo é quando você está numa quinta-feira à noite em Pindamonhangaba e vai na PRACINHA DO QUARTEL com a sua irmã e a sua amiga pra ver o pai dela, que toca saxofone, tocar jazz pra uma platéia que só conhece Falamansa e eguinha pocotó.

Você vê um moleque de três anos correndo insandecido pelo palco no meio do show sem camisa e descalço com o pai tirando fotografia. Vê também um cara cheirando suor e cerveja que comenta que sim, uma banda de MÚSICA DE VERDADE NA PRACINHA DO QUARTEL DE PINDAMONHANGABA PRA COMEMORAR O DIA DO SOLDADO é algo que nem nossa vã filosofia poderia supor.

Vê, também, o grande final: a maneira mas CLASSE A de ver alguém mandar meia-duzia de babaca pra puta que o pariu (é sério gente, o pai da Débora é mestre).

Não contente com tanta surrealidade, três mulheres saem pela cidade em busca de um bar decente, que obviamente não existe. Então as três vão para o CHOPPÃO onde desgustam martinis, san remys e batata-frita enquanto tremem de frio e o dono do bar (será que era?) se achava a própria GISELE BUNDCHEN e desfilava de um lado para o outro, com uma pose de "olhem pra mim, não tem mais nada pra olhar mesmo". Aí você vai embora descrevendo tudo pra sua mãe que foi te buscar e rindo e rindo pra caramba.

É isso. Foi divertido.

terça-feira, agosto 19, 2003

Foi muita, muita sacanagem o Vieira de Melo ter morrido. Ele era um daqueles que, lá fora, seria legal falar "ele é brasileiro, tipo eu". O que é muito difícil, pelo menos pra mim que sou uma chata e acho que todo mundo, no fundo, é um filho da puta nem que seja só um pouquinho.

Fazia tempo que eu não me chateava com uma coisa dessas. E me faz pensar de novo como é BISONHA essa história de atentado terrorista, não importando se foi um maluco suicida com turbante na cabeça ou a maior potência militar do mundo. É sempre ridículo você colocar gente que não tem nada a ver com a história, a não ser a infelicidade de estar exatamente no lugar onde alguém vai expressar seu ódio por alguma coisa ou algum pensamento que não seja igual ao dele.

Eu ainda sonho com o dia em que essas coisas serão resolvidas à base do duelo, tipo velho oeste. Ah, já pensou que bacana? O Bush e o Bin Laden de revolver na mão pra duelar?

Aí um dava um tiro na cabeça do outro e todos os outros seriam felizes pra sempre. Ou pelo menos por um tempinho.

segunda-feira, agosto 18, 2003

- Oi.
- Oi.
- Tudo bem?
- Não.
- Por que não?
- Porque você não fala mais comigo.
- Eu sei.
- E por que você não fala mais comigo?
- Porque eu não sinto mais vontade.
- E por que você não sente mais vontade?
- Porque eu não fico mais feliz quando você diz que gosta de mim.
- Mas eu gosto de você.
- Mas não me basta mais.
- Mas eu sei que você lembra de mim e sorri.
- Sim.
- Sei também que você sofre de saudade e por saber que foi pouco.
- Foi.
- E a lembrança dos meus olhos azuis e do meu beijo faz você dormir melhor.
- Sim.
- Está mais frio depois que eu fui embora.
- Sim.
- Então você ainda me ama. Você sempre vai me amar.
- Você não cabe mais em lugar nenhum. Você é um elefante branco.
- ...
- Você é tão lindo e tua voz é tão linda mas ficou lá atrás.
- Mas...
- E lembrar de você me faz pensar que coisas melhores estão por vir.
- Mas e o outro?
- O outro é um pensamento ainda, é muita coisa ou nada que pode acontecer.
- Você não ama esse cara.
- Não, eu não amo porque eu ainda amo você.
- Então?
- Então se é você que me faz adormecer em paz e ele que me faz querer acordar, toda manhã, todo dia.
- Eu não te entendo.
- Somos dois.

domingo, agosto 17, 2003

Ironia do destino é quando você está a 4 anos em São Paulo, uma das cidades mais violentas do Brasil, metade desse tempo com carro, todo esse tempo você o deixa passar a noite na rua porque confia no porteiro e nunca foi assaltada em um farol, e um belo dia tem o vidro do seu automóvel quebrado e o toca-cd roubado por um pivete qualquer na porta da sua casa, em Pindamonhangaba.

sábado, agosto 16, 2003

Mensagem de amor paz para o fim-de-semana


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Desculpe. Minha mente também não consegue criar textos lógicos com mais de duas frases nos últimos dias, a não ser quando estou falando de São Miguel das Missões, o que não é muito útil no momento.

Voltaremos depois com nossa programação normal e que Deus abençõe todos os descendentes da pessoa quem inventou a webcam.

Deus meu. Como eu sou mentirosa.

quinta-feira, agosto 14, 2003

Meu photoshop mental conseguiu transformar olhos azuis em puxados até que bem rapidinho.

quarta-feira, agosto 13, 2003

Então agora estão o Roberto Marinho, o Chatô, o Bloch e o Saad cantando todos juntos no céu, ou no inferno, enfim:

- Sílvio Santos vem aí, lá lá lá lá lá...


(Desculpe, não tive como não gostar disso)

Putipaniu

Morram todos.

E o mais mórbido de tudo foi o publicitário que foi encontrado no meio da Paulista pra dar uma entrevista pra matéria: O senhor Desculpe-mas-você-está-confundindo-as-coisas, pra quem conhece meu passado negro.

Minha vida é uma piada.

terça-feira, agosto 12, 2003

Então é assim:

Estou fazendo um teste de uma semana pra ver se meu "chefe" gosta do meu trabalho, depois serei contratada e tal. É um jornalista super bacana que trabalha por conta própria e tem parcerias para escrever conteúdo para diversos sites de cultura, além de dois jornais de empresas e projetos no ramo editorial. Ah! E ele tem um programa na rádio Trianon também. Adorei o trabalho, o lugar e a menina que vai sair pra eu ficar no lugar dela.

Fico feliz em saber que eu tenho sorte de não ficar parada muito tempo.

Enfim, está tudo correndo bem, trabalho novo, uma pessoa pra pensar que é a coisa mais querida do mundo. Só o que me irrita é frio. Aliás, já disse que eu odeio inverno?

E eu preciso de uma webcam também.

segunda-feira, agosto 11, 2003

19 DE AGOSTO

Querem participar? Escrevam pra mim ou então escrevam pra ela.

A propósito, dêem os parabéns pra mim. Arrumei emprego.

(Aplausos)

Imagine a cena. O nono andar da conhecida loja Macy's, departamento de tapetes, no meio de uma tarde calma como qualquer outra. Subitamente, cerca de duzentas pessoas surgem de todos os lados e se reúnem em torno de um dos tapetes, examinando o artigo em exposição. O vendedor, sem entender bem o que está acontecendo, resolve interpelar um ou outro membro do grupo. De todos, ouve a mesma resposta, que vivem juntos num armazém nos arredores da cidade e estão decidindo se compram ou não o tapete. Cerca de dez minutos depois, todos vão embora, tão ordeiramente como entraram. Trata-se de mais um episódio do Mob Project, onde os voluntários são avisados por email do local e do horário onde se devem reunir para formar a multidão instantânea, cujo único objetivo é formar uma multidão sem qualquer motivo além de formar uma multidão sem qualquer motivo. Brilhante, com gostinho do surrealismo dos anos vinte e dos movimentos contraculturais dos anos sessenta, mas só possível graças à comunicação coletiva instantânea via internet. Em breve, uma multidão perto de você.

Vocês ainda vão ouvir muito sobre isso.

Eu quero ir pro Japão. Eu quero ver o tufão passar, estar num calor de 37 graus e tomar refrigerante de hortelã.

(Minha nova definição de felicidade)

sábado, agosto 09, 2003

Giuvana - assim mesmo, com U - tinha acabado de terminar o namoro com o Carlos Felipe. Foram 3 anos e 4 meses e no dia em que achou que ficariam noivos Cafê, como era chamado por Giuvana, terminou tudo e não quis explicar por quê. Então ela ficou parada, sentada na calçada da sorveteria com uma colher de banana-split na mão.

E Giuvana chorou e chorou e achou que ia morrer. E pagou a conta e não pegou o troco e seu cabelo estava sujo de lágrimas e calda de caramelo mas ela não queria saber. Precisava fazer alguma coisa.

Então ela, que tinha uma TV 29 polegadas em casa e assitia o Polishop, chegou em casa e foi pro computador. Pediu, com pedido de entrega urgente, o Esquecimol, que fazia esquecer seu namoro falido em menos de 40 minutos.

No dia seguinte chegou o Esquecimol e Giuvana sem Cafê pegou um copo d'agua e tomou todos os comprimidos sem ler as recomendações. Naquela tarde, ninguém viu Giuvana. Giuvana não foi jantar, não tou banho e não deu boa noite pra ninguém.

No dia seguinte Carlos Felipe mudou de idéia de foi procurar sua ex-namorada. Ela não foi atender a porta.

Tinha esquecido seu nome e como ela podia andar pra descobrir de onde vinha o barulhinho esquisito da campainha.

quinta-feira, agosto 07, 2003

Dinheiro pode não trazer felicidade. Mas a falta dele é uma merda.

Eu queria dizer tanta coisa pra ele. Dizer que não tem problema, que eu espero e eu sei que vai valer a pena e que se tá frio aqui agora é ele que eu quero pra me esquentar e quando eu tou parada pensando na vida é nele que eu começo a pensar.

Mas eu não falo. Porque eu tenho um mecanismo trava-tudo quando eu percebo que é mais que interesse, mais que estar afim, mais do que querer arrastar pra qualquer lugar pra fazer qualquer coisa. Eu viro uma menininha tímida que gagueja e fica vermelha e acaba falando alguma besteira. Sempre.

Porque vocês não sabem, ele não sabe, acho que até eu não sei, mas o fato é que eu estou apaixonada.

Apaixonada e com um relógio na mão.

quarta-feira, agosto 06, 2003

Roberto Marinho morreu. 98 anos, o homem.

Ele estava na categoria "as pessoas que sem nenhuma explicação eu acho que nunca vão morrer", junto com Hebe Camargo, Sílvio Santos, Paulo Autran e outros.

Que esquisito.

Sabe quando tudo, eu disse TUDO dá errado e TUDO ao mesmo tempo?

A bateria do meu carro cismou de se findar ontem a noite, quando as malas já estavam no carro pra eu vir pra Pinda. Dentro da mala, um pote quebrou e vazou tudo e sujou todas as minhas roupas, inclusive aquela blusa, sabe aquela? que você adora? Então, ela mesmo.

Aí a lata de coca-ligth caiu da minha mão e eu soltei um grito que deu pra ouvir lá na Serra da Cantareira.

Achando que não faltava mais nada, tomei um remédio e fui dormir, vocês sabem, o teto ainda podia cair na minha cabeça.

Mas aí eu dormi 15 horas seguidas e acordei e agora está tudo bem.

Fim.

terça-feira, agosto 05, 2003

Vocês, homens, são a coisa mais maravilhosa desse mundo.

domingo, agosto 03, 2003

Sabe o que é o pior em ter ido em uma festa em um lugar onde tocou samba e axé o tempo inteiro?

É que eu me diverti.

Depois de duas caipirinhas eu estava sambando e - terror: cantando junto.

Foi aniversário da Débora, que é de Pinda e fez a festa aqui em São Paulo. Garota muito divertida e gente boa pra caramba, ela disse que também não sabia o alto teor de pandeiro, cuíca e cavaquinho contidos na apresentação da banda. Conheci pessoas muito legais e extremamente lesadas, valeu a pena ter ido no CAFÉ FOLCLORE (entenda-se: CAFÉ PHOTO é outra coisa e mais ali sentido Moema também) e o mais TRASH de tudo foi ter acordado às 7 da manhã pra fazer a prova do Estadão.

Isso não é vida.