sexta-feira, maio 30, 2003

Tem gente que pede:

- Carol, Carol, estou escrevendo pra você e não consigo ler sua resposta. Meu computador está com problemas.
- Você não deve estar lendo porque eu não estou respondendo a nada do que você está perguntando.

Sem o menor peso na consciência.

Lindo é Cidade dos Anjos. Feio é você assistir toda vez que passa na TNT ou ontem no SBT torcendo pra que ela não morra dessa vez.

quinta-feira, maio 29, 2003

...Eu te procurei pra me confessar
Eu chorava de amor e não porque eu sofria
Mas você chegou, já era dia
E não estava sozinho
Eu tive fora uns dias,
Eu te odiei uns dias
Eu quis te matar...

quarta-feira, maio 28, 2003

Quando começarem a fazer aquela cirurgia absurda que fazem com os cães para tirar as cordas vocais com os humanos não esqueçam de colocar o Galvão Bueno como o primeiro da fila.

Será um dia de glória.

terça-feira, maio 27, 2003

Então tinha chegado o mês de junho.

E aquela mesa de quatro cadeiras estava maior do que nunca. Mais vazia, mais gelada, mais corroída pelo tempo e pelos arrependimentos.

Tudo estava vazio. O silêncio e o frio machucavam.

Lembrou-se da primeira vez que chegaram àquele bar recém-inaugurado. Tudo tinha cheiro de novo. A cerveja tinha um gosto diferente. Ficar bêbado naquela mesa, os quatro amigos juntos, era um sinal de louvor à vida que estava começando.

Tinham apenas dezoito anos quando surgiu a proposta de um pacto. Daqueles que ninguém acha que um dia vai cumprir.

Sempre que um dos quatro morresse, os outros se reuniriam na noite seguinte, naquele bar, naquela mesa, pra fazer um brinde ao falecido.

E outras noites houveram, e tantas histórias, e tantas agonias, e tantas alegrias e tanta coisa que acontece todo dia na vida de todo mundo.

Então, quando tinham vinte anos e o inverno estava começando, um caminhão na estrada jogou pra fora da estrada e da vida o primeiro dos amigos. O mais alegre, o mais animado. O que tinha mais medo de morrer.

E ele foi embora e uma cadeira ficou vazia.

E os três amigos então se reuniram e misturaram cerveja e conhaque àquela dor que ninguém conhecia nem poderia explicar.

Então naquela noite de dor formou-se um casal na mesa do bar. Ela sempre foi apaixonada pelo amigo que morreu. Doía saber que parara de respirar sem saber isso. Tentou dizer bem baixinho, no velório, esperando inconsientemente que esboçasse alguma reação mas não. Uma vida inteira de chances tinha acabado.

E procurou nos ombros do amigo um consolo e achou muito mais.

A dor demorou a passar mas ela sabia que ela podia dizer o quanto o amava o quanto quisesse.

Então passou o inverno e chegou o verão e trouxe o frio de novo.

E levou o segundo amigo embora. A segunda cadeira vazia.

Ele tinha vinte e um anos e descobriu que tinha uma doença que ninguém saberia qual era porque esse segredo foi digerido com os comprimidos para dormir.

O casal, agora mais casal e mais unidos e mais um só do que nunca, tentava encontrar uma explicação. Tentava convencer um ao outro que deveria haver um tratamento, não importava qual fosse a doença.

E naquela noite de junho o casal brindou ao amigo suicida com uma garrafa de tequila e milhares de dúvidas no fundo de cada copo.

Mas ainda tinha um ao outro e duas cadeiras vazias na mesa. E a idéia mais presente de que sempre estamos caminhando pra algo incerto, que o destino do homem é sempre uma mesa vazia e histórias pra lembrar de quem já foi embora e não teve tempo ou ânimo pra dizer adeus.

Então chegou o verão e decidiram se casar.

Então chegou o outono e ela descobriu que estava grávida.

Então chegou o inverno e a bala perdida.

Estavam na rua, falando sobre o frio e sobre a alegria de um bebê que iria chegar na primavera.

E falavam sobre o nome do filho, que se fosse menino teria duas opções de nome que seriam tiradas no par ou ímpar.

O nome dos dois amigos que não estavam ali.

Mas não deu tempo. Tudo acabou antes.

Um tiro que não se sabe de onde veio atingiu a cabeça do homem amado que caiu nos seus braços e não teve tempo de dizer nada no meio de tanta gente correndo e tanta gente abaixada no chão.

Fulminante.

E fim.

E agora era só uma cadeira ocupada no bar vazio, mas a cadeira estava mais vazia do que todas as outras.

Os três tinham ido embora. Os três amigos que ela tanto amava a deixaram sozinha e ela não teve tempo de dizer adeus a nenhum deles e agora ela não sabia mais pra onde ir.

Tinha um filho na barriga mas não conseguia pensar. Tomou o último gole de uísque, pagou a conta e foi embora.

Sozinha.

Não sabia pra onde, não sabia até quando, só sentia frio e só tinha uma certeza:

Nunca mais iria voltar.

Você não sabe, ninguém sabe, mas ontem eu dilacerei qualquer chance de mergulhar em mais uma história furada com algo que nunca poderia ser meu. Pelo menos do jeito que eu queria.

Foi ruim.

E você é tão lindo.

Tua namorada vai ganhar de presente um dos melhores perfumes que existem. O nome combina com ela. ela vai adorar, vai por mim.

Eu sei que você não gostou de me ver falando dela, chamando pelo nome. Mas eu não podia fingir que ela não existia, então repeti milhares de vezes o nome dela pra eu entender que você é dela e que ela é a sua pequena e eu não sou a pequena de ninguém.

E eu queria tanto ser de você.

Some da minha frente. Mas me pague o que você me deve. Á vista.

segunda-feira, maio 26, 2003

Esse circo está procurando uma lona nova. Essa cor-de-rosa já está cheia de remendos. Os gatos arranharam todos os bancos, estão a mais de um ano mastigando tudo o que encontram.

E acabou o Friskies.

Eu gosto do silêncio que a ausência da sua voz me traz.

domingo, maio 25, 2003

Quem sabe?

Então: Será que agora rola?

Em uma terra profetizada na Bíblia que nunca teria paz, é difícil acreditar que um dos maiores nazistas sanguinários de todos os tempos, que é judeu, vai levar adiante esse plano de paz.

Difícil acreditar, também, que os chapados extremistas homens-bomba que pregam o pânico na Terra Santa vão parar de explodir a si mesmos e quem estiver por perto em nome de um ideal que se torna cada vez mais utópico a cada atentado depois desse acordo.

Em uma terra em que tudo e todos estão errados, resta esperar que palestinos e judeus consigam se entender.

Tipo final de novela.

sexta-feira, maio 23, 2003

Ela estava sempre sorridente, tinha os cabelos cor-de-rosa e usava um lenço verde na cabeça.

Tinha o apelido de menina-flor.

E a menina-flor sempre sorria e falava com as pessoas e todos gostavam dela. Cantava todas as manhãs de muito bom humor, gostava do sol e ficava brava com a chuva, mas logo voltava a rir e todos amavam a menina-flor.

Não tinha como não amar a menina-flor. Era linda, feliz e deixava as pessoas felizes também.

Mas um dia ela, tão adorável, acordou e não disse bom-dia. Não sorriu. Não cantou.

Começou a se incomodar com o amor alheio e ficou alheia a tudo.

Seus olhos pararam de brilhar e alguns dias depois deixou de usar o lencinho verde. Os cabelos rosa cheios de raízes negras.

A menina-flor não queria mais ser chamada de menina-flor não ninguém sabia porque a menina-flor não falava mais.

Até que um dia a menina-flor não saiu do seu quarto. Estava tudo em silêncio e nem os pássaros cantavam mais.

Ali, no quando do quarto escuro, estava a menina-flor. Ressecada; sem uma gota d'agua nos olhos, na boca.

Acabou-se a água da menina-flor, acabou-se um encanto.

A menina-flor murchou.

Como uma bola de futebol.

Eu fugi de casa, sabe? Mas deixei o celular ligado só pra você saber que eu ainda estou viva, mas que eu não vou mais voltar.

Suas chamadas pra mim são caras demais.

Uma hora acaba a bateria, mas tudo bem. Eu não vou mais querer ser encontrada por você quando isso acontecer.

E a boa da manhã foi alguém ter chegado aqui no meu singelo blog que precisa urgentemente de um template novo procurando por "diazepan".

Isso aqui está virando uma Amsterdã virtual. Drogas, pessoas jogando futebol peladas e gritando e usando banheiras, remédios controlados, Deus do céu.

Ah: só pra lembrar: catálogo novo da Natura, lançamentos, promoções, essas coisas. Fale comigo e seja feliz.

quinta-feira, maio 22, 2003

E hoje um gaúcho acertou sozinho o prêmio da MegaSena. 29 milhões de reais.
.
Dinheiro pode até não trazer felicidade, mas que esse guri está bem mais "contentinho" do que eu no momento, isso ele está.

Então eu estava almoçando no lugar que eu almoço todos os dias, vocês sabem, não existem muitas opções por aqui.

Então era o de sempre com coca-ligth.

E de repente - uau - um inseto morto no meu prato.

Meus amigos da Abril nunca tinham me visto estressada.

Chamei a garçonete. Mandei ela olhar o prato e ela deu de louca. Soltei um OLHA que todo mundo se virou pra ver o que era. Ela deu um sorrisinho amarelo e levou o prato embora. Voltou com a comanda riscada no valor da comida.

Mas cobrando a coca-ligth.

Pro inferno. Meu estômago antes com azia já estava completamente embrulhado, eu estava verde e ia ter que pagar por uma lata de refrigerante?

Pro in-fer-no.

Aí peguei a comanda e fui falar com o dono da birosca

- Oi. Tinha uma baratinha na minha comida. E eu não vou pagar a coca-ligth.
- Não era barata, era um besouro de salada (!!!).
- Mas eu não como salada.
- Mas isso foi um acidente.
- Isso foi nojento, isso sim.

Agora a melhor, pra levar o motorádio da semana:

- Claro que é um acidente. Você nunca encontrou um bicho na sua comida na sua casa?
- Não.
- Claro que sim.
- CLARO QUE NÃO (voz descaradamente irritada). Eu tenho o costume de manter a higiene dentro da minha cozinha.

Beleza. Restaurante da Abril amanhã. Ou sanduíche de pão integral.

Acho que depois dessa eu vou emagrecer uns cinco quilos.

quarta-feira, maio 21, 2003

- Você é lindo.
- Ahn?
- Disse que tirei 14 na prova.
- Você é uma boa aluna
- E estou me apaixonando por você.
- Como?
- Foi meu bom professor que me ajudou.
- Imagina...
- Imagino sim: imagino nós dois agora, grudados aqui no meio desse corredor.
- Que?
- Perguntei se com esse inglês dá pra me virar em Londres
- Claro que dá. E você ainda tem um ano pra praticar.
- E tenho um ano pra tirar essa aliança imbecil do teu dedo.
- ?
- Um ano pra conseguir não morrer de fome na Inglaterra.
- Nossa, que estranho.
- Que foi?
- Você me falando essas coisas e eu achei que você estava falando outras.
- Só sua impressão, professor.

(Me beija)

Acho que o Paulo Coelho não estava tão drogado assim quando disse aquele papo de que quando a gente quer muito alguma coisa o universo inteiro conspira a nosso favor.

Devem ser as cerejas.

terça-feira, maio 20, 2003

... Mas acredito que algumas boas horas de sexo poderia não resolver tudo isso, mas seria bastante divertido.

Minha amiga Vanessa, a única que me sobrou em Pindamonhangaba, brinca que nosso problema é o fuso-horário.

Chegamos sempre atrasadas: encontramos a pessoa ideal, vários homens da nossa vida todos os meses. Todos gentis, inteligentes, bonitos e cheirosos.

Mas sempre atrasadas: a passagem já está comprada, já existe outra pessoa que leva sempre o relógio pra trocar a bateria.

E sempre, algumas vezes, você se pega pensando em um sabendo que ele também pensa em você. Que te olha diferente. Que sorri pra você diferente.

Mas cansa. É tão difícil. Dá muito sono voltar atrás de um tempo perdido que não foi perdido por você.

Poderia ser tão fácil. Ele poderia estar no meu ritmo, ter o mesmo relógio biológico que eu.

E o dia passou, as coisas não deram certo por enquanto e quando eu cheguei em casa minha pele ainda cheirava maracujá.

segunda-feira, maio 19, 2003

Assusta quando você vê que as coisas realmente podem dar certo.

Estou indo pra Pinda amanhã, passar a documentação do Fidel adiante e comprar o meu novo carro, que de novo só tem a dona e, agora sim, faz todo o sentido do mundo estar empenhada nas aulas de inglês.

Estou feliz. Estou tranquila. Estou com sono.

Uma coisa a mais resolvida.

E a coisas realmente ficam mais fáceis quando a gente sabe pra onde ir.

domingo, maio 18, 2003

E nessas duas últimas semanas mudou tudo.

E então o carro foi embora e eu dirigi com ele pela tarde mais bonita pela estrada mais bonita mas eu tinha que voltar. Porque a gente tem que tentar. Fazer por onde.

Me assustam os sacrifícios, os doze meses todos.

Mas aí eu penso que eu vendi o carro e vou comprar um que eu adorei. Que eu vou continuar estudando até chegar o dia de botar tudo na prática e aí, who knows?

Fazia tempo que eu não me sentia tão confiante, tão bonita, tão bem.

E o centro da minha vida deixou de ser o mesmo.

E a cada dia que passa esse oceano fica menor pra mim.

sexta-feira, maio 16, 2003

Propaganda é a alma do negócio

Então pessoas, o negócio é o seguinte: Estou vendendo produtos da Natura. Com entrega rápida e um monte de promoção. E vários coisas legais e super em conta para o dia dos namorados.

Quer um batom novo? Uma loção pós-barba? Um óleo Seve? Um perfume? Quer dar um presente pra sua vó?

Fala comigo então!

quinta-feira, maio 15, 2003

Procura-se:

Um leão, um espantalho e um homem de lata pra passear comigo pela estrada de ladrilhos amarelos.

Interessados, favor enviar mensagem pelo primeiro pombo-correio com óculos de piloto que passar pela sua janela.

Obrigada.

“Você não precisa sair de seu quarto. Fique sentado diante da mesa e ouça. Não precisa nem ouvir, simplesmente espere. Não precisa nem esperar, aprenda somente a ficar quieto, silencioso, solitário. O mundo se oferecerá espontaneamente à você para ser descoberto. Ele não tem outra escolha senão jogar-se em êxtase a seus pés.”

(Franz Kafka)

...Só sei que agora, meu grande amigo (sim, sou tua amiga agora mais do que nunca), você já é um dos homens da minha vida e eu não amo você. Não sou capaz de amar pessoas que estão tão longe, mas sou capaz de cultivar amizades. Porque a amizade é um tesão: A distância não importa mas pra amar, ora, para amar tem que se estar perto, isso é verdade e o resto é hipocrisia.

(Carol, 2002, provando ao mundo o quanto é contraditória.)


Olha para o céu. Agora. A lua está tão linda e está sumindo aos poucos.

Na última vez que eu vi um eclipese lunar meu pai fez uma mesa de madeira.

Está tão lindo. As sombras estão chegando a logo ela vai ficar avermelhada e depois vai voltar ao normal.

Hoje não teve festa pro eclipse. Meu pai não faz uma mesa. Mas hoje eu tive um bom dia assim como o dia de ontem e o dia de anteontem.

Eu queria estar perto do mar. De olhos fechados. Com o vento batendo no meu rosto. A boca com gosto de sal. Aquele sal que vem com a brisa. Quero mãos nas minhas mãos e quero ver o Atlântico por um outro ângulo.

Quero entender de uma vez por todas que eu sou maior que tudo isso.

Pior é na guerra, que a gente pede chiclete e só mandam bala.
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(Por isso que é mais divertido ler alguns blogs de baixo pra cima)

quarta-feira, maio 14, 2003

Prometa que quando eu contar até três você vai ter se escondido e eu nunca mais vou te achar. Que a taquicardia vai ter passado e essa minha vontade de falar me transforme em uma pessoa constantemente afônica.

Prometa que quando eu for embora e olhar pra trás você não vai mais estar lá. Rindo da minha cara e com a certeza de que eu vou voltar.

E se eu não voltar, prometa que nunca mais vou ouvir seus passos vindo em minha direção.

AH!

Só mais uma coisa:

Compre a Fanta Morango. Ela tem cheiro de tudo, menos de morango, e não tem gosto de nada.

Mas é exatamente aquela cor que eu terei um dia nos meus cabelos.

Apaixonei.

Eu já devo ter dito que rir da desgraça futebolística alheia é coisa de pobre né?

Ok, então eu vou dormir.

Boa noite.

Esse restaurante coloca Valium/Lexotan/Dramin/Diazepan/Maracujina na comida. Não é possível.

Momento mulherzinha

Vocês, homens, não imaginam como uma bolsa nova pode fazer bem para o dia de uma garota. Não resolve nada, não muda absolutamente nada, mas é lin-da.

terça-feira, maio 13, 2003

Nostalgia

Então ao invés de ir dormir eu estava aqui trocando uma idéia com a Vanessa, claro, sobre essas bobagens que os caras falam e sobre os caras que mexem com a cabeça da gente. Aí ela me falou de um que quando lembra do beijo dá um frio na espinha.

Putz, eu já disse isso. Que saudade do melhor amigo desse cara, o Rodrigo.

O Rodrigo é a pessoa pelo qual eu me apaixono uma vez por ano, sempre na noite do meu aniversário. Só que agora ele foi pra Vitória, e eu não sei se um dia a gente vai se ver de novo.

Lembrar dele me dá frio na espinha e esboça um sorriso de saudade e um pouquinho de malícia no meu rosto.

O cheiro, o beijo, o gosto, o rosto, o cabelo, a voz, as mãos, os braços que, nessas noites, parecem que foram feitos só pra me abraçar.

Um dia eu conto toda a história, mas eu posso dizer: ele é um daqueles caras que eu nunca amei, mas que também eu nunca vou esquecer.

Sonhei com outra pessoa a noite toda.

- E onde eu estava?

Em lugar nenhum.

Já disse, era outra pessoa, outra pessoa que também não devia estar lá. Mas presta atenção nos cabelos dele, no jeito dele falar. Não era você.

- Ah, não acredito. Pensa bem, eu algum momento eu estava lá.

Não, não estava. A outra pessoa tinha um sorriso gostoso e eu estava em paz; na vida real estivemos juntos duas vezes, na primeira estávamos bêbados e beijamos outras pessoas e na segunda eu quase saí correndo fugindo de um louco maníaco suicida ai que medo.

- Procura de novo, em algum canto...

Aí minha amiga aparecia e ela estava feliz. Feliz por mim. É bom ter amiga por essas coisas: eles vibram com a felicidade da gente.

- Então sua amiga estava acompanhada e eu estava perto; tenta lembrar.

Ela estava sozinha e me abraça. Agora me desejava boa viagem e a outra pessoa também. Ele já foi pra onde eu vou, não se cansava de me dar dicas sobre aquele lugar

- Mas eu também já fui pra lá.

E ele, a outra pessoa, estava comigo o tempo todo. E sempre eu acordo umas 7 e meia, antes do relógio tocar e dessa vez eu acordei e queria saber porque eu sonhava tanto com ele.

- E por que?

Eu não sei. Só sei que você não estava lá.

- (silêncio)

Isso. Seu silêncio me deixa em paz.

Porque eu amo o Malta:

Carol (03:45 PM) : olá!
Malta (03:46 PM) : hail, camarada carol :)
Carol (03:47 PM) : e aí como está?
Malta (03:48 PM) : meio neurótico hoje, mas rindo até de dor de dente por enquanto
Carol (03:49 PM) : neurótico? tem alguém te perseguindo?
Malta (03:50 PM) : eu mesmo. as vezes da essas neuras, mas passarão assim que eu terminar a sexta lata de skol das grande
Carol (03:51 PM) :vc tá bebendo agora?
Malta (03:52 PM) : nao, mas estou contando os minutos ateh a hora de começar.
Carol (03:53 PM) : odeio cerveja
Malta (03:53 PM) : eu também. tanto que adotei como missão exterminar com toda a cerveja da terra. é um trabalho árduo mas alguém tem que fazê-lo
Carol (03:54 PM) : asuashasuahsuashsuahsuashuahasuahs
Carol (03:54 PM) : você é um bom homem
Malta (03:54 PM) : sei... mas esses rompantes de heroísmo podem me levar à desgraça :)
Carol (03:55 PM) : você sabe, os mártires sofrem
Malta (03:57 PM) : por isso não teria a insensatez de deixar este árduo trabalho para outro vivente. requer um desprendimento muito grande
Carol (03:58 PM) : são pedro vai abrir as portas do céu quando lá você chegar
Malta (03:59 PM) : acreditar nisso, e saber que você também acredita, é reconfortante e me dá forças para continuar nessa jornada
Carol (04:00 PM) : poucos acreditam, poucos entendem
Malta (04:01 PM) : êita guria danada de boa essa


E por aí vai.

Um belo dia resolvi mudar
E fazer tudo que eu queria fazer
Me libertei daquela vida vulgar
Que eu levava estando junto a você

Em tudo que eu faço
Existe um porquê
Eu sei que eu nasci
Sei que eu nasci pra saber...

E fui andando sem pensar em voltar
E sem ligar pro que me aconteceu
Um belo dia vou lhe telefonar
Pra te dizer que aquele sonho venceu

No ar que eu respiro eu sinto prazer
De ser quem eu sou, de estar onde estou
Agora só falta você...


(bah. falta nada.)

segunda-feira, maio 12, 2003

Então foi de verdade. A Fraude acabou mesmo.

Então é assim: a gente vê uma revista eletrônica excelente, atualizada todo dia e cheia de textos brilhantes acabar ao mesmo tempo que vê aquele Eu hein ganhar o IBest 2003.

Paciência.

O lance, então, é aguardar as novidades apresentadas no último editorial. E continuar sendo seletiva. Porque tem coisa que simplesmente não dá pra digerir.

Como diria o Wagner, a gente se encontra no céu do lml.

Eu queria que todos os meus problemas, essas coisas da última semana, se resolvessem logo de uma vez. Se alguém me perguntar qual é o meu maior defeito, eu vou responder que é querer as coisas pra agora, querer resolver tudo muito rápido.

Não gosto de dormir sabendo que tem alguma coisa mal-resolvida. Talvez seja por isso que eu durmo tão mal de vez em quando e também porque eu não tenho namorado: não gosto de respostas de duplo-sentido, se tem algum problema vamos resolver agora, nada de deixar pra amanhã ou dar um tempo: termina logo de uma vez.

Extremamente ansiosa. E no momento morrendo de dor-de-cabeça.

domingo, maio 11, 2003

É bom ter expectativas.

Voltar a fazer planos, ter tantas idéias na cabeça que ela até dói de vez em quando. Saber que agora não é mais só sua imaginação, que agora pra acontecer só depende de você.

Voar.

Estou feliz. Estou me libertando. Estou fazendo planos e eles não incluem mais você. Você está indo embora, eu sei que está indo, as vezes a garganta coça pra pedir pra você ficar. Mas eu não falo, você acha estranho, mas eu não peço pra você ficar.

O espaço ficou pequeno pra nós dois. Sai. Tem muita coisa boa querendo entrar.

sexta-feira, maio 09, 2003

"homens pelados de 2003"

"fotos de Saddan Hussein e Jorge Bush"

"fotos de pessoas usando drogas"


Usando palavras-chave como essas, pessoas acabam vindo parar no meu blog. E aí? Acharam alguma coisa?

Classificados

Vendo um Gol Special, apelidado carinhosamente de Fidel, ano 2001, cinza-urano, perfeito estado, sem nenhum arranhão, trava elétrica, alarme, única dona.

Interessados escrevam pra cá.

quinta-feira, maio 08, 2003

Tina the Troubled Teen

quarta-feira, maio 07, 2003

Chegou a ser engraçado.

Nunca tinha olhado direito pra ele, nunca prestou atenção. Mas ontem foi a terceira aula de reposição de inglês, ela entrou atrasada na turma.

Mas olha, ele é bonito. Ele gosta de rock, é engraçado e inteligente. E uau, entende piadas.

Você começa a achar a idéia divertida. Fica na sua, mas acha divertido.

Vocês conversam em inglês. Está divertido demais.

Até que uma frase se inicia.

- My girlfriend...

Você nem termina de ouvir a frase. Começa a rir e ele acha que você está rindo do que ele disse e você nem sabe o que foi.

Quando você sai da sala, ao lado dele que também é cheiroso, você pensa

- Valeu Murphy, você nunca me abandonará.

Fazia tempo que eu não via um dia tão bonito assim. Está frio e eu não gosto de frio mas o que eu posso fazer?

Fugir do inverno eu - ainda - não posso. Então eu posso me alegrar com um dia tão azul assim e saber que esse meu ânimo não vai cair de repente.

Vou ficar mais um mês na Abril e mesmo assim preciso de uma maneira de conseguir mais dinheiro. Preciso ter como pagar o outro estágio do inglês, preciso viajar no ano que vem.

Mas por enquanto, são só planos. I'm going to...

Agora meus maiores objetivos são descer pra almoçar e não comparar esse céu à nenhum par de olhos que eu quero esquecer.

Dee Lite pra dormir melhor

Escute e dance na solidão do seu quarto Groove is in the heart insandecidamente como se você estivesse dentro do Café Piu-piu e seja feliz.

terça-feira, maio 06, 2003

Em breve, o lançamento da campanha "Mande a Carol para Londres que os Pariu".

É isso.

Você fez com que eu me apaixonasse pelo próprio amor há um tempo atrás. Agora, estou amando a idéia de te esquecer.

Se eu jogasse futebol eu pediria pra ser substituída. As pernas não obedeceriam mais e eu não escutaria o que o treinador, essa marionete estúpida e encardida, está tentando falar.

Preciso de um gatorade.

Uma extrema contradição. Podem me definir assim.

segunda-feira, maio 05, 2003

lml lml

(Dor de garganta+cólica+segunda-feira chuvosa)

Ana Carolina está temporariamente indisponível ou fora de serviço. Favor chamar em outra oportunidade. Obrigada.

domingo, maio 04, 2003

Maldita vozinha que fica gritando bem baixinho aqui no meu ouvido o tempo todo dizendo que eu estava fazendo o caminho inverso.

Ela não descansou o feriado todo. Ela me dizia o que fazer todo o tempo. Até quando eu estava comprando meu casaco cor-de-rosa e dando patada em gente que entra dentro da minha própria casa e não dá boa noite.

Ela voltou comigo pra São Paulo e agora está aos berros mandando eu escrever.

Mandando eu fazer o que eu disse há 6 meses atrás que não faria de jeito nenhum.

Mas e se ela continuar gritando eu vou ficar surda e eu já tenho uma pessoa específica pra me fazer sofrer. Então o que eu tenho a perder?

.

.

Entre dentro dessa cabeça vermelha e encontre uma garota travada e morrendo de frio.

quinta-feira, maio 01, 2003

Quem sabe o príncipe virou um chato
Que vive dando no meu saco.
Quem sabe a vida é não sonhar...

Putz, que saudade do Rodrigo.

Que bonita a sua roooooooupa
Que roupinha muito looooouca
Nela é tudo remendado
Não vale nenhum centavo
Mas agrada quem olhar.