domingo, agosto 29, 2004

É ridículo sentir saudade de você. É ridículo querer - e tanto assim - te encontrar por aí, acidentalmente, em um semáforo ou numa mesa de bar. Você pode estar em qualquer lugar mas nunca está em lugar nenhum.

Só aqui, no meu pensamento. Antes tão raro. Mas agora, diário, comum, constante. Mais um fantasma pra me assombrar. Mas você me faz sorrir e me faz chorar de saudade.

Não foi justo o que aconteceu - ou o que não aconteceu com a gente. Eu te pedi pra ir embora e você foi. Já fazem oito meses. Oito meses de silêncio, meu e seu. Oito meses sem voz, sem olhar, sem você e parece que foi ontem. Porque dói ainda como se tivesse acabado de acontecer.

A saudade se torna uma dor física.

E aí eu lembro de você e daquele jeito de me olhar e de me beijar e de fazer outras coisas como ninguém nunca fez. Teus olhos doentiamente azuis. E daí nessas horas eu esqueço tudo o que veio antes e depois de você. Todas os momentos fooooooooooodas de tão bons, que não foram poucos, ainda bem, e o que aconteceu de ruim que no fundo eu queria que você estivesse por perto. Talvez não fosse tão difícil desse jeito.

Não adianta absolutamente nada ainda gostar de você. Tentar imaginar como teria sido se a tua escolha fosse outra. Porque você me deixou mas um dia me disse que eu era só sua e era verdade. Porque não importa quem esteja por perto ou quem tenha ido embora. Você sempre está aqui e eu ainda te falo boa noite e eu te amo antes de dormir.

terça-feira, agosto 24, 2004

Ok, vamos combinar o seguinte:

ODEIO gente que adiciona outras no Orkut só porque a pessoa é "bacana", mesmo que nunca tenha visto a figura, trocado idéia em icq/msn. Nada. NADA. Gente assim merece uns tapas.

ODEIO gente que dramatiza tudo o que vê e tudo que faz. Que coloca adjetivos em tudo que escreve. Que é tudo, menos ele (a) próprio (a).

ODEIO pessoas que se fazem de vítima. ODEIO. Colocam toda e qualquer situação como uma prova de que a vida não é justa com eles (as). Talvez estejam esperando uma nave alienígena ou um príncipe encantado que as redima do tamanho sofriemento que elas mesmas criaram.

Não gosto de losers. Mas, principalmente, ODEIO gente tinha tudo pra não ser, mas escolheram o caminho mais fácil.

domingo, agosto 15, 2004

Changes

Não faz tanto tempo assim. Há dois meses atrás, posso afirmar, eu era outra pessoa.

Sessenta noites atrás, eu tinha certeza de que estaria na Europa em março, que não precisaria de grandes aquisições e que eu não queria e não precisava de alguém pra me fazer companhia. Mas, realmente, eu estava bem daquele jeito.

Mas aí, de repente, as coisas começaram a mudar. Tudo e quase ao mesmo tempo. Uma batida de carro que me fez perder o dinheiro guardado por mais de um ano, um assalto que me fez comprar meu carro novo, o novo emprego do meu pai no interior do estado que está me fazendo procurar outro lugar pra morar, o reencontro seguido do segundo fim, agora definitivo.

Mudou tudo. Mudou porque a vida, os acontecimentos, as fatalidades e as desilusões me levaram pra um caminho que eu não escolhi. A gente não tem que lamentar nada, apenas continuar andando. Adianta chorar por mais de 5 mil reais perdidos? Já foi. Por alguém que eu achei que tivesse mudado e que prometeu que não ia embora e foi? Sem dizer tchau, sem saber o que quer. Mas sem arrependimentos e um brinco de argola perdido pra sempre. Pelo menos ganhei uma blusa de lã.

Tenho muita coisa pra fazer, muita coisa pra pensar. Muitas escolhas.

E eu gosto de fazer escolhas; gosto das possibilidades, gosto de me imaginar nova em novos lugares.

Em dois meses eu convivi com o medo, com a sensação de que eu estava com a pessoa certa, a desilusão de ver que eu não estava, o fim de um ciclo de cinco anos -o primeiro em São Paulo, dividindo o mesmo teto que o meu pai e contrariando todas as expectativas de que a gente não aguentaria um mês junto, sem mais ninguém pra nos separar. Sinto falta dele, mas ele está feliz e eu também vou ficar. Vou ter uma casa nova, vou morar em um bairro que me agrada mais, vai ser tudo diferente agora. Diferente e melhor.

Ainda não enlouqueci, mas agora eu faço yoga e como coisas verdes. Penso mais e respiro melhor. Vou passar 50 dias na redação do online, cobrindo férias e tendo a chance de mostrar minha capacidade e conseguir - por que não? - uma vaga definitiva por aqui. Se eu não conseguir, pelo menos eu tentei. Reencontrei antigos amigos e estou aprendendo que a pessoa que mais tem que ficar feliz com as minhas atitudes e mudanças sou eu mesma - e mais ninguém. Pode parecer clichezinho de auto-ajuda, mas pra quem passou a vida tentando provar coisas pra todo mundo isso é um grande acontecimento.

Nunca, nunca mesmo, as coisas saem exatamente como a gente imagina. A gente sofre com isso, quer revidar todas as porradas que a vida dá, não entende e quer bater a cabeça até conseguir o que quer. Mas nem sempre as coisas não serem do jeito que a gente planejou é uma coisa ruim.

Dói aprender, mas o importante é apenas se deixar levar.

segunda-feira, agosto 09, 2004

Se essa história de que quando a gente deseja muito alguma coisa o universo inteiro conspira a nosso favor é realmente verdade, meu bem, você está ferrado.

segunda-feira, agosto 02, 2004

Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é.