quarta-feira, janeiro 28, 2004

Citando Drummont,

Você não precisa dizer que me ama, mas se não disser, como é que eu vou saber?

terça-feira, janeiro 27, 2004

Você deveria ser apenas uma sósia de alguém que já virou passado. Você deveria ser apenas uma lembrança de uma noite de raiva em que eu me joguei em cima de você pra esquecer o que eu definitivamente nem me lembro mais. Mas, naquela noite, do outro lado da cidade e tão perto de mim mesma, acabei vendo nos seus olhos, os mais bonitos de todos, tudo o que eu queria naquele dia, no seguinte, hoje, amanhã.

Mas agora eu nem sei mais.

domingo, janeiro 25, 2004

Então eu acordei mas não queria me olhar no espelho. Sabia que, além dos olhos vermelhos da noite anterior e dos primeiros minutos de lucidez, haveria algo que me machucaria ainda mais.

Eu, que achava que tinha encontrado o caminho e, por mais que eu tivesse medo de traçá-lo ele estava ali, esperando por mim. Mas, novamente não aconteceu. Porque eu acordei sozinha, sem dor no coração. Mas triste e muito mais só do que eu merecia.

E quando, enfim, saí de frente da janela, fui me olhar no espelho.

Passou tanta coisa nos últimos meses, tanta certeza e tanta insegurança e tantos segundos que deveriam ter durado anos. Mas no final, agora, eu estava exatamente do mesmo jeito:

Cinza.

quinta-feira, janeiro 22, 2004

Foi foda

A noite do dia 21 de janeiro de 2004 foi a melhor de toda a história da humanidade.

terça-feira, janeiro 20, 2004

Tranquilidade

Eu não quero tudo de uma vez não, eu só tenho um simples desejo: hoje eu só quero que o dia termine bem.

(e termina.)

...

Ps: A Jacuzzi, blog meu e dos meus amados amigos Angela e Alexandre está de endereço novo. A globo.com já deu o que tinha que dar.

domingo, janeiro 18, 2004

Fear of the dark

Porque é que essa menina está com tanto medo agora?

Essa menina é insegura demais e está descobrindo que a sua auto-estima quase não existe. Ela acha que uma pessoa tão legal, tão carinhosa, tao bonita, e que sai com os amigos pra tomar cerveja não pode estar realmente interessado nela.

E a cabeça dela, quando alguma coisa não sai do jeito que ela gostaria, começa a criar mil histórias, todas ruins, e tem certeza de que vai dar errado. Tanta certeza que ela já age como se tivesse perdido.

E ela vê que não é ele que a faz sofrer, porque ele não deu motivo nenhum pra isso: é ela mesma.

Ela, mesmo sem entender porque, acha que se as coisas não saem exatamente do jeito que ela imaginou, isso vai dar errado. Ela quer que seja tudo fácil e não sabe lidar com a palavra "paciência".

É tudo tão recente e ela sabe que deveria estar feliz.

Então ela fica com esse aperto no peito que dói tanto e ela chora, não por ele, que é tão doce e tão atencioso e não fala nada quando ela, a menina, é apresentada pelos amigos dele como sua namorada. Ela chora por ela mesma, que sabe que só ela, e mais ninguém, está se prejudicando, sofrendo por antecipação por uma coisa que não existe. E ela pensa nas palavras que vai falar, como vai agir, sem entender que as coisas acontecem, muitas vezes, independente da sua vontade, e muitas vezes, da vontade de duas pessoas.

Insegura, infeliz. Fraca, frágil.

Ela sabe como vai acordar amanhã: coração doendo, aquela dor que ela conhece muito bem. E ela continua fazendo seu esforço de todo o tempo: quer unir cabeça e coração, porque a cabeça sabe que não tem motivo pra se sentir assim por um domingo de desencontros, mas o coração, coração teimoso e insano, insiste em dizer que algo vai dar errado.

Mas ela não quer que dê errado. Ela quer que passe. Ela não quer que ele saiba. Ela quer ficar com ele de verdade. Ela quer que ele veja, agora, tudo o que há de bom nela. Ela quer falar com ele amanhã e, quando desligar o telefone, sair dançando pela casa assim como foi hoje de manhã, quando ele telefonou logo que acordou.

Ela vai tentar lembrar de tudo de bom, o que não é pouca coisa, e espantar esse medo imbecil de perder antes de ter ganhado.

Talvez ela já ganhou, já conseguiu. Mas o medo não deixa ela comemorar.

sexta-feira, janeiro 16, 2004

SP 40 anos

Para comemorar o aniversário da minha cidade do coração, eu e meu amigo Alex estamos promovendo uma grande comemoração: conheça os bairros da capital paulista atráves da boca dos seus moradores.

Jaguaré e Tatuapé dominam as comemorações.

quinta-feira, janeiro 15, 2004

Olá,

Estou escrevendo pra dizer que eu estou bem e ando sorrindo muito mais do que o normal, ultimamente estou tranqüila e tranqüilidade me assusta, mas você não sabe.

Queria dizer que estou adorando minha nova cor depois das sessões de bronzeamento e olho para a minha barriga (ou a falta dela) cada dia mais feliz. Que passei esmalte nas unhas ontem a noite e isso é uma grande vitória porque eu quase nunca tenho unhas – retrato de quase 23 anos de ansiedade.

Queria dizer que meu trabalho me cansa antes mesmo de eu acordar. Que hoje meu corpo todo dói. Ontem o body combat foi ferrado.

Talvez fosse importante dizer também que ontem, quando e telefone tocou, eu fechei os olhos desejando que fosse você. Mas não era.

Mas o mais engraçado é que, se fosse há um mês atrás eu estaria o reflexo da felicidade. Dando pulos. Mas eu desliguei o telefone e suspirei: não era você.

Enfim, gostaria de dizer que aquela dor passou. Que eu penso em você mas nada dói como era com o autor do telefonema de ontem (aliás, que históriazinha mais sem pé nem cabeça aquela, hein?), que eu quero encontrar você mas não sofro pela idéia de que isso pode não acontecer. Mas também pode. Que eu não estou apaixonada mais viajo um pouco quando lembro de você. Porque não existe nada melhor do que pessoas que nos fazem rir.

Então, se for pra você me ligar e eu me jogar em cima de você de novo e puxar os pêlos da sua perna de novo, tudo bem. Se não, qualquer dia a gente toma uma cerveja, mesmo que eu odeie cerveja.

E aquela caipirinha de uva estava uma delícia.

...

Estou escrevendo só pra dizer que eu estou com saudades.

quarta-feira, janeiro 14, 2004

Darwin Awards

Jovem alemão morre em sessão de "O Último Samurai"

Um jovem de 18 anos, que assistia ao filme O Último Samurai com Tom Cruise, morreu por asfixia em um cinema de Prenzlau engasgado com a pipoca, informou nesta terça-feira o promotor responsável pela investigação do caso.

Depois da autópsia, as autoridades judiciais do país excluíram qualquer tipo de responsabilidade alheia na morte do jovem.

Ele se engasgou com um dos grãos e começou a tossir. Os espectadores e o médico que o atendeu posteriormente não puderam fazer nada para reanimá-lo. O jovem morreu no momento em que era levado de ambulância para o hospital.

terça-feira, janeiro 13, 2004

Mystic River

Já se sabe minha total incapacidade de escrever resenhas de filmes e tal. Quem sabe é ele e ele. Mas ontem fui ver Sobre Meninos e Lobos, dirigido pelo Clint Eastwood, o fodão.

Os três atores principais (Tim Robbins, Sean Penn e Kevin Bacon) estão ótimos em seus papéis: três amigos de infância que se reencontram após o assassinato da filha de um deles. Um dos amigos é policial e está investigando o caso e o terceiro, que sofreu abusos na infância, é o principal suspeito do crime.

O Tim Robbins está perfeito em seu papel, uma pessoa completamente atormentada, que, em alguns momentos, se vê perdido entre o passado e o presente. O cara se transformou pra virar o Dave, certamente o melhor personagem que ele já fez na vida.

A incredulidade do Kevin Bacon diante dos fatos também é excepcional. Ele não consegue acreditar, tenta fugir dos fatos que o levam a acreditar que seu amigo pode ter feito algo tão brutal. E, paralelamente, o personagem lida com a ausência da esposa, que telefona e não diz nada do outro lado da linha, sem entender porque é que ela foi embora.

E Sean Penn, que está atingindo a perfeição na minha singela opinião, interpreta o pai da menina assassinada. Acredito que nunca ninguém conseguiu mostrar uma dor tão grande pela perda de uma pessoa querida no cinema como ele. A raiva, a tristeza, e a necessidade de encontrar o assassino, além do desfecho previsível desde a metade do filme, mas mesmo assim extremamente chocante.

Sem dúvida, um dos melhores filmes que o cinema americano já produziu. Com lagriminhas no final e o direito de sair do cinema pensando sobre como podemos mudar completamente nossas vidas com um simples ato, como podemos falhar na certeza absoluta de que estamos certos, e que, principalmente, existem erros que não podem ser consertados e coisas impossíveis de se esquecer.

domingo, janeiro 11, 2004

De que adianta tentar apressar as coisas, fazer o tal "destino" ficar sempre à seu favor, se de repente, não mais que de repente, você joga pro alto suas "convicções" de que está esquecendo alguém, e um se joga em cima do outro dentro de um ônibus, e depois você descobre que você não ama mas ainda não esqueceu, e que sempre, sempre mesmo, existe uma terceira opção?

A terceira opção é sempre a mais óbvia, a mais realista. A pessoa que eu gosto é inteligente, bem-humorada, sincera e, claro, bonita. Ombros gigantes. Mas tem medo da palavra "saudade" e de qualquer demonstração de que uma próxima vez será muito bem-vinda. Paciência, eu tenho medo de baratas.

Mas agora eu já não sei se eu gosto tanto assim.

Então a solução é acreditar que, assim como foi na sexta-feira, e o "destino" botou duas pessoas que deveriam estar em outros lugares no mesmo ônibus no mesmo horário, que as coisas acontecem na hora que tem que acontecer, e que bater a cabeça na parede só faz doer. Então é deixar rolar porque se isso é amor, paixão ou qualquer outra coisa, um dia a gente vai entender, e enquanto esse dia não chega a gente relaxa, vai pro Tcharles, conhece um carioca lesado que cortou o rabo dos cachorros com tesoura e jura gostar deles. Imagina de não tivesse afinidade com os caninos.

E outra solução é se jogar de novo em cima do dono dos olhos mais lindos e mais azuis que eu já vi na vida, acompanhado de tudo aquilo junto. E putz. ELE É LOIRO. Quem te viu, quem te vê, Ana Carolina.

Sim, ando rodando a banca. Prefiro dizer apenas que eu estou aprendendo a lição: não adianta apressar as coisas, nadar contra a maré, sofrer por antecipação. No final das contas, a gente sempre sai no lucro. Amadurecendo? Talvez.

Ah, sim: e o TERCEIRO SINAL DO APOCALIPSE é que eu fui na NUMERÓLOGA. Altas revelações. Depois eu escrevo. Ou não.

sexta-feira, janeiro 09, 2004

Pra encerrar a semana sorrindo


Benício, a minha definição de HOMEM BONITO, mais gato do que nunca, em cena de 21 gramas, o filme que eu tenho que ver. E Sean Penn SEMPRE vale a pena.



Ai que saudade do Rodrigo.

Apocalipse Now: vou fazer bronzeamento artificial.

Depois da academia, esse é o segundo sinal do final dos tempos.

Temei.

quinta-feira, janeiro 08, 2004

Ninjas never dies.

quarta-feira, janeiro 07, 2004

Estou, neste exato momento, tendo a crise de ciúmes mais ridícula de todos os tempos.

Mas que se foda, mulher é um bicho ridículo mesmo. É mais ou menos assim: eu não quero mais, mas eu não quero que ninguém mais queira também.

Entendeu?

Ok, vou dormir.

Utilizando os serviços desse povo aqui, você pode provar que Jesus, a Virgem Maria ou o Papa passearam pelo seu empreendimento administrativo, por um precinho camarada, coisa de gente devota.

A Internet faz de mim uma pessoa melhor.

terça-feira, janeiro 06, 2004

Você poderia relaxar um pouco mais e ter dormido um pouco menos. Poderia não zoar tanto seu estômago e reclamar da dor depois como se fosse uma santa.

Você poderia entender que o seu mal só será resolvido quando você adotar o mantra lá das terras do Nepal e somente desencanar. Pára de pensar, pensar dá trabalho, dá dor de cabeça e te prende que é uma beleza.

Você poderia cortar esse cabelo logo de uma vez e voltar ao que você é: uma menininha loira. Poderia assumir que seus olhos são lindos, mas Deus, os cravinhos no nariz são muitos.

Poderia também tentar, só tentar, se concentrar. O trabalho é chato, se sabe, mas tem que se concentrar.

*Vozinha dentro da cabeça pergunta: Tem mesmo?*

Você que sempre disse que não se poderia levar a vida muito a sério é preocupada, ansiosa, praticamente uma neurótica.

Mas aí chega a hora de ir embora, a sexta-feira, o começo do feriado e das férias, e aí você acaba esquecendo tudo o que tem que fazer.

E aí você fica batucando baixinho com as unhas que estão crescendo de novo a musiquinha do Ed Motta que você lembra toda vez que chega à conclusão de que os princípios atuais de felicidadade coletiva são uma grande piada. E hoje você está com péssimo senso de humor.

segunda-feira, janeiro 05, 2004

Odeio separar sílabas.

domingo, janeiro 04, 2004

É isso, assim: de volta à São Paulo, voltando pro trabalho amanhã.

Resto de sono de férias, preguiça de voltar pra academia. Já querendo que chegue sexta-feira logo.

Lado bom é matar as saudades dos amigos da Internet que ajudam a fazer a hora passar. Estão de férias, eles, acho.

Assessoria de imprensa não é pra mim. E eu acho que São Paulo já deu o que tinha que dar.

sábado, janeiro 03, 2004

Passagem de ano e primeira farofada de 2004


Eu, Maria Alice, meu pai, Samuel e minha mãe. Uma graça, não?


Já em Ubatuba, minha irmã tendo uma crise de riso com um sushi na boca


Na trilhinha que vai pra praia do Tenório, um lml clássico


Bacanas essas plaquinhas pra galera não se afogar. Observe o fundo cinza


Temos o poder


Ana Carolina, desolada, observa a chuva que se inicia no primeiro dia de 2004 e até agora não acabou

sexta-feira, janeiro 02, 2004

Glória: a autora de "Parabéns à você" é pindamonhangabense e se chama Berta Marcondes Homem de Mello.

E ainda perguntam se a minha vida é divertida.

Então que meu reveillon foi tranquilo, passado em Pinda mesmo, mas foi deveras divertido. No dia seguinte, umas 6 da manhã, a família pega o carro e se dirige à Ubatuba.

CHOVEU MUITO. Mas sabe que foi umas melhores visitas-relâmpago pro litoral? Me diverti muito, falei muita besteira, não tive do que me queixar.

Fotos em breve.

Parei pra pensar e cheguei a conclusão de que entrei em 2004 sem nenhuma promessa de novo novo. Objetivos a gente tem sempre, mas aquelas metas que grande parte das pessoas não cumprem, isso não.

Na academia e no inglês eu já voltei ano passado, os encostos da minha vida se dissiparam em 2003. Entrei no ano novo cheia de idéias, com um novo affair, decidida a deixar meu cabelo natural e encontrar a tal emprego que me deixe feliz da vida, não importa onde ele esteja. Não prometi parar de comer nada nem acordar mais cedo, não prometi deixar de agir de determinada maneira nem ser menos estúpida.

Só vou continuar tocando pra frente. Porque coisas boas acontecem independente de listas e mudanças de calendário. E sabe que, tirando algumas coisinhas, as coisas estão bem assim?