É ridículo sentir saudade de você. É ridículo querer - e tanto assim - te encontrar por aí, acidentalmente, em um semáforo ou numa mesa de bar. Você pode estar em qualquer lugar mas nunca está em lugar nenhum.
Só aqui, no meu pensamento. Antes tão raro. Mas agora, diário, comum, constante. Mais um fantasma pra me assombrar. Mas você me faz sorrir e me faz chorar de saudade.
Não foi justo o que aconteceu - ou o que não aconteceu com a gente. Eu te pedi pra ir embora e você foi. Já fazem oito meses. Oito meses de silêncio, meu e seu. Oito meses sem voz, sem olhar, sem você e parece que foi ontem. Porque dói ainda como se tivesse acabado de acontecer.
A saudade se torna uma dor física.
E aí eu lembro de você e daquele jeito de me olhar e de me beijar e de fazer outras coisas como ninguém nunca fez. Teus olhos doentiamente azuis. E daí nessas horas eu esqueço tudo o que veio antes e depois de você. Todas os momentos fooooooooooodas de tão bons, que não foram poucos, ainda bem, e o que aconteceu de ruim que no fundo eu queria que você estivesse por perto. Talvez não fosse tão difícil desse jeito.
Não adianta absolutamente nada ainda gostar de você. Tentar imaginar como teria sido se a tua escolha fosse outra. Porque você me deixou mas um dia me disse que eu era só sua e era verdade. Porque não importa quem esteja por perto ou quem tenha ido embora. Você sempre está aqui e eu ainda te falo boa noite e eu te amo antes de dormir.