Outra coisa que vocês não sabem é que eu amo o Marco.
O Marco foi o melhor chefe que eu já tive entre os meus 10 empregos aqui em São Paulo e certamente vai ser o melhor entre os que ainda virão.
A gente trabalhou junto em 2000 lá na
Intermanagers e ele me ensinou em nove meses o dobro das coisas que eu aprendi nos 4 anos de faculdade.
Me ensinou que ser jornalista não é um mar de rosas e que você só vai conseguir sobreviver assim se for masoquista ou tiver muita sorte ou ser muito fodão, tipo ele. Mas às vezes nem assim consegue.
Ah, vocês sabem: faculdade é pra ter diploma (diploma de jornalista?), a gente aprende mesmo é trabalhando, ouvindo merda ou, no meu caso, tendo um amigão como chefe que elogiava pra caramba com cada acertinho meu e dava grandes conselhos quando eu dava mancada.
Aí veio a crise argentina e meu emprego foi pro ralo.
Mas aí rolaram vários frilas pra ele, que virou editor responsável de uma editora fodona. Daí ano passado eu descobri que ele cedeu à insistência da mulher dele e o rebento estava a caminho. Aí a Maria Anita nasceu e até hoje eu não fui ver a pequena.
Mas tudo isso é pra dizer que essa semana o Marco me procurou pedindo que eu fizesse mais um servicinho sujo pra ele: uma transcrição de uma fita que mostrava uma conversa entre
Heródoto Barbeiro, Carlos Heitor Cony e Artur Xexéo.
Os três, que fazem diariamente o programa
Liberdade de Expressão na CBN, vão lançar um livro com conversas do tipo pela editora do Marco, e o livro é baseado nessa transcrição.
Eu, minha irmã e minha mãe fizemos a transcrição e, desculpa aí, foi uma delícia.
Agora, me falta um presente que o Marcão tem que me dar: colocar a Ana Carolina na roda pra ela conhecer, pelo menos, um dos três.
Valeu, Marco. Você é o melhor de todos.