quarta-feira, junho 25, 2008

Dona Ruth

O que se faz quando um companheiro por 55 anos de uma vida vai embora?

Como se vive depois disso?

quinta-feira, setembro 27, 2007

Surrealidade pouca é bobagem ou Por qur vale a pena ser jornalista

Na noite de ontem, em Saõ Paulo, entrou no ar a Record News. No evento de inauguração do novo canal, o presidente Lula. Aquele que atrai por onde passa uma multidão – involuntária – de jornalistas. E ontem não foi diferente. Mesmo no teatro da concorrente, na Barra Funda, estávamos todos lá. A maioria se conhece pelo nome e adota o regime de parceria em casos de total falta de pauta. Quando não existem mais chances, apela-se para a criatividade.

Quando nem isso funciona, é hora de chutar o pau da barraca.

Pela primeira vez em uns 50 eventos, o presidente chegou na hora, antes das oito da noite, horário em que a TV entraria no ar. Sentam na palco o prefeito Gilberto Kassab, o governador José Serra, Lula, Edir Macedo (que despertou risinhos da imprensa quando chamado por Celso Freitas de EMPRESÁRIO) e mais o presidente da Record, cujo nome é ignorado.

Lula e Serra conversavam efusivamente antes do início das transmissões e o governador chegou a dizer em seu discurso que tinha o PRAZER de estar na companhia de Lula.

Entre os presentes, Marta Suplicy, Ellen Grace, Franklin Martins, Arlindo Chinaglia. Edir Macedo, em seu discurso, disse que a Record News era uma reação ao monopólio de uma outra empresa, e no final agradeceu AO SEU DEUS pela realização do sonho. E o dízimo da Universal, entra onde?

Lula fez muito repórter cogitar cortar os pulsos. Em um discurso de três minutos, não falou nada de útil. O lead passou longe, riu e ainda mostrou a língua.

Mas foi ali, quando o presidente discursava, que começou a verdadeira demência. Vamos aos fatos.

Dizendo que não existe censura no Brasil e exaltando a liberdade de imprensa, Lula afirmou que, sempre que participa da inauguração de um novo veículo de comunicação, pensa: “LIBERDADE, LIBERDADE, LIBERDADE, LIBERDADE, ABRE AS ASAS SOBRE NÓS”. (Sim, quatro vezes liberdade).

Quando tentei olhar em volta para ver se havia mais alguém envergonhado com aquilo, e me atentei ao fato de que existiam umas cinquenta pessoas com BROCHES do PARTIDO REPUBLICANO. Na verdade eu e outra repórter, cujo veículo não pode ser divulgado por motivos que serão explicados em breve, estávamos cercados deles.

Após o discurso do Lula, que junto com o PASTOR apertou o BOTÃOZINHO e assinou um LIVRO DE PRESENÇA, surge FAFÁ DE BELÉM.

Sim, Fafá de Belém. Para cantar o HINO NACIONAL.

Constrangedor.

Não existe a menor chance de ficar pior – pensei.

(Bobinha)

Claro que dava. Porque começou a segunda parte do Hino e ninguém conseguia acompanhar, porque o ritmo era outro. Desconforto visível no palco. Edir Macedo deveria estar pensando sobre quem foi o GÊNIO que teve aquela idéia.

Na última estrofe, Fáfa de Belém faz aquele sinal com a mão de “me acompanhem”.

Muito constrangedor.

Na platéia, Ana Hickmann. E sim, ela é gata mesmo.

Após o final da cerimônia, correm os jornalistas para um espaço mínimo para tentar conseguir uma aspa no Lula e salvar a noite. Espremida como uma salsicha entre a jornalista, aquela lá de cima, e uma grade que iria cair a qualquer momento, chega o Lula. E era óbvio que ele não iria falar.

O que fazer? Chutar o pau da barraca.

- Presidente, fala com a gente – disse eu para um Lula que agora, através da grade, segurava minha mão.

- Agora não, depois.

- Depois quando, presidente? – Perguntava eu a um presidente que agora BOTAVA A MÃO NO MEU ROSTO.

Ele riu e saiu.

Ah, é?

- PRESIDENTE NÃO FAZ ISSO COMIGO, NÃO DESPEDACE O MEU CORAÇÃO.

É sério, eu fiz isso.

Logo depois, a jornalista, aquela, anota o e-mail do editor da Record News, conhecida também como A CONCORRÊNCIA, para mandar curriculum.

Querendo já pedir o táxi pra ir embora, vejo ELIAKIM ARAÚJO e sua esposa. Ao meu lado, ele diz:

- Leila, eu quero um champagne.

Voltando ao teatro, vi a Eliana e uma ex-BB que eu não me recordo o nome.

Mas o melhor ainda estava por vir: O mestre.

Eduardo Suplicy.

- Senador, o senhor não ia cantar no VMB?

- Estou indo pra lá.

- Então por favor deixa pra cantar daqui a umas duas horas pra dar tempo de eu chegar em casa.

- Vai demorar mais do que isso. E você gosta de me ver cantar?

- Não, senador, EU GOSTO DE VOCÊ.

Ele riu.

Estava indo embora, meu táxi já estava chegando, mas era preciso fazer mais uma coisa:

- Senador, me dá um autógrafo?

- Opa, claro. Qual seu nome?

E escreveu no meu bloquinho de pautas. E colocou a data errada no final.



Quando ele entregou o bloquinho, a cereja no topo do sundae:

- Esteve aqui o presidente da república?

(???)

Não consegui responder e ele foi embora.

Na saída, uma mesa cheia de bombons maravilhosos e bem-casados. Peguei vários.

Tudo cortesia da Igreja Universal.

sábado, julho 28, 2007

Rotina

Telejornais dizem agora que o Brasil vai fazer um MUTIRÃO de medalhas pra encerrar o Pan na frente de Cuba. Mostram gráficos de quantas o Brasil pode ganhar e Cuba também.

Então eu me pergunto PRA QUE TUDO ISSO. Pra que o Brasil PRECISA ter mais medalhas que outro país? Pra que essa necessidade ridícula de ser melhor em tudo quando a gente não consegue, na verdade, ser melhor em nada?

Para que vaiar as pessoas de outros países que as vezes tem tantas dificuldades pra treinar como os próprios brasileiros, que recebem bolsas-auxílio vergonhas como os R$ 600 que o medalha de ouro do taiquendô ganha?

Na verdade, minha inconformidade vai mais além: pra que lotar estádio e gritar que tem orgulho de ser brasileiro se todo o resto fora daquele lugar está desmorando? Pra que fingir que o orgulho brasileiro se resume a um lugar no pódio quando a gente nem sabe cantar direito o Hino Nacional?

Nós temos um ponto de interrogação no nosso céu como se fosse o símbolo do Batman. Nós temos pessoas que governam tão perdidas quanto nós. Nós temos um buraco em um prédio ao lado do aeroporto e 199 pessoas pra identificar. Nós temos pessoas que quase se divertem jogando a culpa uns nos outros. Nós temos centenas de pessoas que perderam a razão de viver no último dia 17.

Nós temos todo um Complexo do Alemão esperando o Pan acabar para explodir. Nós temos um senador que, na surdina, comemora o espaço da tragédia nos jornais enquanto seus bois ficam em segundo plano.

Nós temos um presidente que faz cirurgia de tersol no dia 18 e fica em repouso durante o dia, se recuperando; que demora três dias pra se manifestar. Que tem apoio popular e um dia já teve o meu, mas mostrou que não sabe ser um CHEFE DE ESTADO, chutar o pau da barraca e mandar todo mundo embora, aparecer na TV, visitar os escombros e se lamentar de verdade ao invés de se preocupar com o impacto do acidente para a própria imagem.

Precisamos de um LÍDER, não de um Narciso.

Aos 26 anos, definitivamente, perdi o orgulho de ser brasileira. Hoje, somente nasci no Brasil. Tenho orgulho de outras coisas, tenho orgulho dos meus pais, dos meus amigos, daquilo que eu estou, pouco a pouco, construindo. Tenho orgulho de quem eu amo e está do meu lado, tenho orgulho de algumas pessoas que são a exceção.

Tenho orgulho das pessoas que não se corrompem e que não acham que SEMPRE podem ser mais espertos que os outros, desde furar fila a roubar milhões da previdência. Porque, sim, elas existem e estão em toda parte. Mas são ofuscadas, por outras pessoas e por grandes explosões.

Vamos aguardar as próximas medalhas, o próximo acidente aéreo, a próxima eleição. Vamos falar desses assuntos até a exaustão. Até cansarmos, voltarmos pra casa e voltar a esquecer.

Essa é a nossa rotina.

domingo, julho 08, 2007

É preciso beber água sanitária para lavar a alma


Estava agora há pouco conversando com um amigo sobre a vida, o que se anda fazendo, essas coisas de gente que não conversa há meses. Entre falar de hoje e lembrar das asneiras do passado, começamos a falar do futuro. Mas não daqui a um, dois anos.

Daqui a 40, 50, 60 anos.

Falamos sobre a desistência prévia de qualquer plástica ou uso de botox.

Falei sobre a minha vontade de viver no meio do mato, com quantidades enormes de histórias pra contar. De fazer bolo e tricô e ter netos.

De ser aquela velha que acorda as 5 da manhã e na hora do Jornal Nacional já está dormindo em frente à TV.

No fundo, eu quero ter uma vida boa pra me lembrar e ter alguém do lado que passou por tudo junto comigo.

E morrer dormindo, lúcida e aos 93 anos.

quinta-feira, maio 10, 2007

Sobre tempos atrás

Quando a gente era criança a gente se reunia pra brincar de Barbie. Cada boneca tinha um nome começado com B. A minha era a Bruna, mas tinha a Babí, a Bianca, tinha até a Bruneza, olha só.

Eram mais de 20 primos e quase toda hora tinha festa e teatrinho que a gente fazia. E tinha o Natal, onde cada família levava um prato e tinha aqueles tios e primos que a gente encontrava antes.

E tinha os dias em que uma ia dormir na casa da outra. Na casa da Márcia e da Lúcia, da Renata e da Anna Cláudia, na casa da Viviana ou da Fernanda. E a gente imaginava como seria o futuro, quando a gente teria 15 anos e quando a gente fosse adulta, todo mundo ia morar perto da outra e nossos filhos seriam todos amigos. Como um dia a gente foi.

Mas todo mundo cresceu, brigas garantiram a distância, ou somente o tempo ou o espaço. A vida que leva a gente para lados diferentes.

Mas é essa vida nossa sem-noção que um dia, 10, 15 anos depois, faz todo mundo se encontrar de novo em uma festa de criança.

A gritaria foi a mesma. A euforia foi a mesma.



Certas coisas nunca mudam.

quinta-feira, abril 26, 2007

Starup Soviet Camarada*

Um dia você se olha no espelho e vê um culote gigante. É a única coisa que você consegue ver, além da celulite. Blá blá blá, toda mulher tem, eu sei.

E você adora comer e sabe que a maior prova da sacanagem divina é bacon fazer mal. E chocolate. E pizza. E coca-cola.

Mas você já não tem tanto ânimo de ir na piscina.

E um dia aquela calça jeans preta, a segunda preferida, fica tão justa que você não consegue andar direito.

Ok, agora chega. Tá na hora de fazer alguma coisa.

E o inimaginável acontece: você conheça a comer salada. Alface, couve-manteiga, escarola. Sempre com muito limão ou molho parmesão, sim. Mas salada.

E uma tonelada de frango grelhado e suco e adoçante e leite desnatado.

E horas da vida que poderiam ter sido utilizadas em coisas mais divertidas correndo como um hamster em uma esteira e fazendo abdominais.

55, 54, 53, 52, 51, 52 (acontece).

Aí um dia você abre o guarda-roupa procurando algo pra usar. Olha a calça preta, as saias, e de repente você a vê. Escondida, esquecida, como se soubesse que nunca mais seria usada de novo.

A Levi's cintura baixa surrada. Comprada no dia do aniversário em 2004. A calça preferida que até então parava no quadril.

E ela entra. Com uma facilidade assustadora. Abotoa, se olha um milhão de vezes no espelho.

Nesse momento você entende. E se torna mais mulherzinha do que nunca porque só as mulherzinhas entenderiam essa felicidade.

Valeu a pena. De verdade.


*Os mais velhos lendo o título e o texto vão entender a referência à lendária propaganda da marca nos anos 80. Não entendeu? Foda-se, você não teve vida.

terça-feira, abril 10, 2007

Ele

Não está acostumado a ouvir o quanto é incrível. O quanto é inteligente e comppanheiro. Talvez nunca ninguém tenha dito isso a ele, e quando eu digo, soa a pieguice de uma garota apaixonada.

Mas ele é lindo e ouvir os passos dele pela casa e a sua falta de delicadeza com os objetos me confortam. As perguntas de onde estão as coisas. A nossa rotina que nunca é a mesma.

E todas aquelas coisas que me irritam e as vezes me deixam triste. As brigas que me fazem gritar e depois chorar. Sempre dói. Sempre dá medo de que ele desista.

E essa idéia se transforma em dor física. E eu tenho ciúmes do nada.

Mas as brigas são a excessão e ele me faz feliz. Ele cuida de mim e diz coisas sobre mim que nem eu cheguei a exprimir em palavras. E ele sempre acerta.

Ele tem senso prático e aprendeu a ser carinhoso. Ele odeia falar ao telefone mas me acorda pra gente conversar. Ele me abraça e o mundo inteiro vira detalhe, especulação.

Pensar em um futuro ao lado dele é doce. Porque eu passei anos da minha vida acreditando que meu futuro teria, invariavelmente, a ver com solidão e agora eu vejo que não porque agora ele existe. Eu passei por coisa demais sozinha nessa vida e até assusta ter alguém pra dividir as coisas. Às vezes auto-suficiência é um defeito.

É sempre uma linha tênue entre a felicidade completa e o medo de deixar de ser feliz.

É pra sempre. Ele é o amor da minha vida.

sábado, dezembro 30, 2006

Promessa de ano novo da nova repórter da Agência Leia e feliz no amor

Em 2007 eu vou virar mulherzinha.

quarta-feira, novembro 15, 2006

Piracema

... Já faz mais de um mês que eu fui demitida de novo. Fiquei com ódio, gritei, dei show, agora passou. Os dias são curtos e é bom dormir com ele ao lado.

... Faço frilas para revistas adolescentes e de futuras mães.

... Uma viagem perfeita nos últimos dias. Pensei em rever meus conceitos sobre gostar mais de praia do que de montanha, mas talvez seja melhor esperar até semana que vem. Subir o rio por dentro dele e só parar quando não dá mais. Ou quando não é mais preciso porque aquele lugar era o que você estava procurando. E não é preciso mais nada.



... Na verdade eu acho que a gente é muito foda, mas enfim.

quarta-feira, outubro 25, 2006

Coisas que eu já fiz na vida, versão 2.0

1) Já mandei uma rosa amarela pra um garoto.
2) Já fui assaltada.
3) Já bebi absinto e odiei.
4) Já reprovada duas vezes antes de tirar a carteira de motorista.
5) Já repeti de ano por faltas mas consegui passar porque os professores gostavam de mim.
6) Já fui sorteada no PIC e tive 30 mil reais na conta.
7) Já mandei uma chefe pro inferno e não mandei outra para poder ganhar a rescisão.
8) Já jurei que nunca mais ia beijar ninguém na boca depois do primeiro beijo.
9) Já namorei à distância.
10) Já me considero casada.
11) Já esqueci uma colher dentro de um bolo.
12) Já achei comanda alheia em banheiro de danceteria.
13) Já fiz sexo em lugares públicos.
14) Já contei os dias pra chegar o carnaval.
15) Já fui tirada do mar por um salva-vidas.
16) Já tomei um pé na bunda sentada em uma sarjeta.
17) Já tomei porre de catuaba.
18) Já cometi muita injustiça pela vida afora.
19) Já li "Rua Descalça" 7 vezes e chorei em todas elas.
20) Já deixei minha gata dar cria dentro do meu quarto.
21) Já fiz coisas das quais eu não me orgulho.
22) Já passei mal de tanto rir.
23) Já esperei anos por uma noite.
24) Já tive uma verruga no braço e outra na ponta do dedo.
25) Já chorei em baile de formatura e não foi de emoção.
26) Já fui pra escola com a camiseta do avesso.
27) Já pintei tanto meu cabelo que agora ele ser original é uma façanha.
28) Já fiz topless em Ilhabela.
29) Já vi a minha melhor amiga pessoalmente. Uma vez.
30) Já tive tara por garçons.
31) Já escrevi cartas de verdade, e as mandei pelo correio.
32) Já brinquei imitar urso com a minha irmã.
33) Já abri a porta de casa e encontrei o amor.
34) Já passei cinco horas na cadeira do dentista e achei que fosse morrer por isso.
35) Já tive crise de depressão, tomei remédios e fiz terapia.
36) Já me tatuei e quero me tatuar de novo.
37) Já achei que estava grávida.
38) Já vi o Fidel Castro de perto.
39) Já fui apelidada de tucano.
40) Já presenciei uma broxada dentro de um drive-in.
41) Já ralei os joelhos no asfalto.
42) Já deixei de ir pra Londres por ter batido o carro do meu pai.
43) Já terminei um namoro na Estação Anhangabaú, às 5 da tarde de uma sexta-feira.
44) Já disse "eu te amo" pra quem não merecia
45) Já tive crises indescritíveis de ciúmes.
46) Já ganhei aposta de quem bebe mais e voltei pro alojamento engatinhando na ladeira, em BH.
47) Já saí do meio de uma balada em Floripa porque estava com dor-de-dente.
48) Já deixei grandes oportunidades me escaparem por medo.
49) Já saí pra caçar duendes.
50) Já tive um grupo secreto na adolescência.
51) Já quis ser médica, mas faz muito tempo.
52) Já manipulei pessoas.
53) Já tentei aprender a tocar gaita.
54) Já pulei catraca de ônibus.
55) Já fiquei louca em balada e fui trabalhar logo em seguida.
56) Já parti alguns corações, mas perdi a conta de quantas vezes o meu foi partido.
57) Já estudei alemão
58) Já botei a cabeça pra fora do carro pra poder dirigir na neblina.
59) Já vi meu time cair pra segunda divisão.
60) Já colecionei papéis de carta.
61) Já tive franjinha arrepiada.
62) Já passei mal de tanto comer chocolate.
63) Já fui operadora de telemarketing.
64) Já dei tapa na cara.
65) Já levei tapa na cara.
66) Já perdi o senso e saí sem direção.
67) Já desejei ter nascido em outro tempo.
68) Já tive mais de 20 empregos.
69) Já tirei a amídala e a tireóide.
70) Já tomei multa por excesso de velocidade.
71) Já dormi por 16 horas seguidas sem tomar remédio.
72) Já tirei um câncer.
73) Já joguei no time de futebol feminino do colégio.
74) Já tive ódio de pessoas que eu amo.
75) Já usei aparelho nos dentes e fiquei 1 ano e meio sem comer pipoca.
76) Já perdi uma vó, uma tia e um sobrinho recém-nascido.
77) Já encontrei dezenas de amigos nos lugares mais inesperados do mundo.
78) Já caí da cadeira sozinha dentro de casa.
79) Já vi estrela cadente mas esqueci de fazer um pedido.
80) Já achei que a minha felicidade dependia apenas de um e-mail.
81) Já entrei em coma.
82) Já fiquei menstruada durante um mês inteiro.
83) Já me identifiquei com música sertaneja.
84) Já parei numa roda de violão no pedágio da Imigrantes.
85) Já interpretei uma empregada numa peça de teatro.
86) Já dei um nome próprio pro meu carro.
87) Já me tranquei no quarto pra não fazer nenhuma besteira.
88) Já perdoei pessoas com um olhar.
89) Já neguei perdão a muitas outras
90) Já encontrei uma baratinha na minha comida.
91) Já desejei que o tempo parasse e ele não parou.
92) Já menti muito.
93) Já chorei de saudades.
94) Já matei pessoas no meu pensamento, com tudo planejado nos mínimos detalhes.
95) Já implorei pra que não me deixassem sozinha.
96) Já implorei pra ficar sozinha
97) Já fingi que não era eu no telefone.
98) Já joguei a culpa nos outros.
99) Já tive noites memoráveis, que valem por uma vida inteira.
100) Já acreditei estar vivendo na Matrix.